Bolsonaro apresenta explicações sobre imagens de Nikolas Ferreira durante visita em prisão domiciliar
Na manhã desta quinta-feira (27), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou explicações sobre as imagens que mostram o deputado federal Nikolas Ferreira utilizando o celular durante sua visita a Bolsonaro, que se encontrava em prisão domiciliar. A defesa do ex-presidente apontou que, de acordo com as imagens, Bolsonaro não tinha contato visual com o celular de Nikolas Ferreira.
Além disso, a defesa ressaltou que havia monitoramento na área externa da casa de Bolsonaro, local em que os dois estavam conversando quando as imagens foram capturadas por drone. A apresentação das explicações foi uma resposta à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que havia determinado que a defesa do ex-presidente explicasse o uso do celular durante a visita.
Em sua defesa, a equipe jurídica de Bolsonaro afirmou que “sempre cumpriu estritamente todas as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal”. Além disso, reiteraram que o ex-presidente não fez uso de qualquer telefone celular, direta ou indiretamente, ao longo do período em que esteve submetido à prisão domiciliar.
A notícia da prisão de Bolsonaro ocorreu logo após a visita de Nikolas Ferreira. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou a prisão de Bolsonaro devido a uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro e à tentativa do ex-presidente de abrir o equipamento de monitoramento com um ferro de solda. Em sua defesa, Bolsonaro disse que estava sob efeito de medicamentos.
Além disso, a prisão de Bolsonaro está relacionada ao inquérito que apura articulações no exterior em prol de sanções contra autoridades brasileiras. O principal alvo dessas investigações é o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.
A oposição tem se unido para tentar tirar Bolsonaro do regime fechado, e uma proposta para isso já tem assinaturas para urgência. Além disso, o PSOL protocolou uma queixa-crime contra Flávio Bolsonaro, tratando da vigília como incitação ao crime. Por causa disso, o advogado e professor de Direito Rodrigo Marinho de Oliveira foi ao Supremo pedir a investigação de “postagens, vídeos, discursos e materiais institucionais do PSOL que se enquadrem como possível discurso discriminatório”.
O processo foi distribuído ao ministro Luiz Fux, e o PSOL também pediu a investigação de todos os discursos criminosos que estão sendo proferidos pelas autoridades brasileiras.



