Política e Economia

Moraes abre inquérito contra Filipe Barros por supostas articulações contra ele nos EUA

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a inclusão de uma notícia-crime contra o deputado federal Filipe Barros no âmbito do Inquérito 4.995/DF. A decisão foi tomada por meio de um despacho publicado na quinta-feira (24). A notícia-crime, apresentada pelo advogado Benedito Silva Junior, investiga supostos atos contra o Estado Democrático de Direito, envolvendo Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.

Segundo a denúncia, Filipe Barros teria participado de reuniões nos Estados Unidos em maio de 2025, juntamente com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro e o congressista norte-americano Cory Mills. O objetivo central dessas reuniões, segundo a notícia-crime, era discutir a aplicação de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. A alegação seria a de uma suposta “censura generalizada” no Brasil.

A notícia-crime também menciona a participação de Filipe Barros em um encontro com representantes da empresa SpaceX, de propriedade de Elon Musk. É apontada uma matéria da Agência Pública como fonte de informação, na qual interlocutores americanos expressam indignação com decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes que resultaram no congelamento de contas da Starlink e X (ex-Twitter) no valor de US$ 3,32 milhões, em decorrência do descumprimento de ordens judiciais brasileiras.

A denúncia sustenta que as ações de Filipe Barros e Eduardo Bolsonaro, em conjunto, configuram articulações para pressionar o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, a aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, possivelmente sob o amparo da Lei Magnitsky. A notícia-crime sugere que essa ação visa comprometer a independência do Poder Judiciário brasileiro e submeter decisões judiciais nacionais à influência de um governo estrangeiro, caracterizando potencialmente um atentado à soberania nacional.

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