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América Latina e o Desafio do Crescimento da População Idosa e Mudanças Climáticas.

A América Latina está prestes a enfrentar um desafio sem precedentes na área da saúde pública. Com a temperatura em constante aumento e a população idosa em crescimento exponencial, o continente está sob risco de ver a mortalidade por causa do calor mais que dobrar nas próximas décadas. De acordo com um recente estudo do projeto Mudanças Climáticas e Saúde Urbana na América Latina, essa perspectiva não é apenas alarmista, mas também uma realidade que ameaça afetar milhares de vidas.

A análise realizada pelo estudo, que envolveu pesquisadores de instituições de nove países latino-americanos, mais Estados Unidos, revelou que a porcentagem de mortes por causa do calor pode chegar a mais de 2% do total de óbitos. Isso significa que, em cenários extremos de aquecimento, a saúde pública do Brasil e do continente como um todo estará sob pressão sem precedentes.

A região que mais sofrerá é a América Latina, onde a população idosa está crescendo a um ritmo sem precedentes. Segundo os dados do estudo, a porção da população com 65 anos ou mais deve mais do que dobrar entre 2020 e 2050, o que é um crescimento muito mais rápido que a média global. Esse aumento significativo da população idosa aumenta a vulnerabilidade da região às condições climáticas extremas, tornando-as mais propensas a mortes por causa do calor.

As consequências da falta de medidas eficazes para mitigar os efeitos do aquecimento são alarmantes. Nelson Gouveia, diretor do Centro Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP, destaca que as ondas de calor são acompanhadas de aumento da mortalidade e hospitalizações, principalmente por doenças cardiovasculares. Para evitar esses resultados, ele recomenda tanto medidas de controle das emissões de gases do efeito estufa quanto de adaptação para novos cenários.

A conclusão do estudo é clara: as autoridades de saúde pública devem intensificar as formulações de políticas para as necessidades de saúde da população idosa e protegê-las das temperaturas extremas. É hora de agir para evitar um futuro sombrio e garantir a saúde e o bem-estar da população da América Latina.

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