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Relação Tensa EUA-Irã Desde a Intervenção de 1953

As relações entre os EUA e o Irã remontam ao século XX, quando a primeira intervenção americana no Irã ocorreu em 1953. Nessa época, o presidente Dwight D. Eisenhower decidiu apoiar um golpe de estado para derrubar o primeiro-ministro Mohammed Mossadeq, que havia nacionalizado a indústria petrolífera iraniana. O objetivo era restaurar o status quo anterior, garantindo a influência americana no petróleo iraniano.

A intervenção americana foi um fator decisivo para o sucesso do golpe, que levou ao poder o xá Mohammad Reza Pahlevi, um monarca apoiado pelos EUA. No entanto, essa interferência também gerou ressentimentos e desconfiança entre os iranianos em relação aos americanos, que contribuíram para o clima de tensão política e econômica que prevaleceu nos anos subsequentes.

A Revolução Islâmica de 1979, que depôs o xá e estabeleceu o regime islâmico liderado por Ayatollah Khomeini, apenas agravou a situação. A crise dos reféns americanos em Teerã, em 1979-1981, foi um ponto de inflexão na relação entre os dois países, levando a uma série de sanções econômicas e diplomáticas contra o Irã. Desde então, a tensão entre os EUA e o Irã tem sido uma característica constante da relação entre os dois países.

Nos anos seguintes, o Irã desenvolveu um programa nuclear, o que gerou preocupações sobre a possibilidade de um ataque nuclear contra Israel e a segurança regional. Essas preocupações levaram os EUA a imporem sanções econômicas severas ao Irã, o que, por sua vez, gerou uma resposta iraniana de resistência e contrapropaganda. A atual crise política e econômica no Irã, marcada por manifestações populares e tensões entre o regime e as forças armadas, apenas acrescenta mais um capítulo à complexa história das relações entre os EUA e o Irã.

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