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Bolsonaro e Figueiredo em Washington: buscando evitar sanções e tarifas contra o Brasil

Após a decretação da prisão domiciliar para o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo foram convidados pelo governo Trump para novas conversas em Washington. As reuniões, agendadas para quarta-feira (13) e quinta-feira (14), visam discutir “informações atualizadas sobre as questões políticas e jurídicas no Brasil”.

O objetivo de Eduardo Bolsonaro e Figueiredo é trabalhar para que o governo Trump não aplique sanções aos demais ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e não aumente as tarifas sobre produtos importados do Brasil. A tensão diplomática se intensificou após a medida de prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Darren Beattie, subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos dos EUA, publicou uma mensagem no X alertando que “aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas” não devem “apoiar nem facilitar a conduta de Moraes”. A mensagem, compartilhada pela embaixada americana no Brasil, sinaliza a preocupação do governo Trump com o julgamento de Bolsonaro.

Como resposta à decisão do STF, Washington implementou uma tarifa de 50% na importação de produtos brasileiros na quarta-feira (6). A medida, porém, não se aplica a cerca de 700 produtos, incluindo suco e polpa de laranja e aeronaves civis. O governo Trump justifica a tarifa como uma resposta ao processo contra Bolsonaro no STF, que considera uma “caça às bruxas”.

O Departamento do Tesouro americano, por sua vez, aplicou sanções contra o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite a Washington punir indivíduos acusados de violação de direitos humanos e corrupção. As sanções incluem o bloqueio de todos os bens de Moraes nos Estados Unidos ou sob controle americano, a proibição de transações financeiras e comerciais com o ministro e o bloqueio de empresas com participação de 50% ou mais do ministro.

Além disso, o Departamento de Estado revogou os vistos de Moraes, de “aliados dele” no STF e seus familiares, impedindo-os de entrar nos Estados Unidos.

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