
Em Brasília, a Câmara dos Deputados abrigou o Seminário da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, realizado em parceria com as Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Defesa dos Direitos da Mulher. O evento, transmitido pelo programa Viva Maria na terça-feira (5), marcou o início da contagem regressiva para a COP30.
O seminário teve como eixo central a reafirmação do compromisso com a preservação das vidas que sustentam os biomas brasileiros. Mulheres da Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, reunidas em Brasília para a IV Marcha das Mulheres Indígenas, foram protagonistas do debate. A maior assembleia de mulheres originárias do Brasil, com cerca de 5 mil participantes, discute políticas públicas que ampliem a voz indígena. Entre as pautas centrais, a luta contra a violência territorial e de gênero, sob o lema “Nosso corpo, nosso território: somos guardiãs do planeta pela cura da terra”.
Com disposição e força, as mulheres também debateram estratégias de enfrentamento à crise climática, o fortalecimento de seus direitos e defenderam o veto total ao PL 2159/21, conhecido como “PL da Devastação”. O projeto, que enfraqueceria o sistema de licenciamento ambiental no país, aguarda a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para a próxima sexta-feira.
As participantes da Marcha se anteciparam à mobilização nacional proposta pela campanha “Sem mulher não tem clima”, que une a luta por justiça climática e de gênero. A deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG) explicou as razões que justificam a campanha, reforçando a importância da participação das mulheres na construção de um futuro sustentável.