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Cinco blocos definem o jogo político mundial – Parte 1

Principais análises sobre a geopolítica mundial, blocos de poder globalistas, multipolares e soberanistas. Entenda como o BRICS, a ONU e as potências moldam a nova ordem mundial

Existem várias classificações para entender o jogo político mundial, e uma delas é categorizar em cinco blocos de países, em um cenário mundial cada vez mais conturbado. Em vista da profundidade do tema, vamos falar de apenas três deles esta semana, e na próxima dos outros dois:

 

  1. Globalistas: Países que têm alto IDH, baixa religiosidade, população decrescente, economia rica, estável e urbana. Na política, defendem pautas globalistas, como meio ambiente, e ao mesmo tempo são democracias com baixa corrupção, sistemas políticos abertos e representativos. Sua característica principal é a ausência de uma liderança política carismática e o compromisso com o movimento antinacionalista. Exemplos: França, Alemanha e Inglaterra.

 

  1. Multipolares: Países não alinhados ao globalismo, como Rússia, China e Arábia Saudita. Reforçam a ideia de BRICS como plataforma alternativa à ONU, mas exercem influência sobre ela. São modelos políticos centralizados, cuja economia interna funciona no molde fascista, através de regulamentação e tributos. Os multipolares não interferem diretamente em outros países, como os globalistas, mas os subvertem através de controle dos portos, de infraestrutura, financiamentos e corrupção dos governos locais. Adotam uma narrativa diferente dos globalistas, mas têm o mesmo objetivo de controle mundial.

 

  1. Globalistas e multipolares dominam o mundo e têm a mesma origem no movimento internacional comunista, Globalistas na linha liderada por Trotsky e Lenin; Multipolares na linha do Fascismo de Stalin, Hitler e Mussolini. No fundo, essas suas vertentes visam à hegemonia, nenhuma das duas promove economias livres, democracias soberanas, liberdade individual ou autodeterminação dos povos, ao contrário, são apenas duas propostas distintas de controle.

 

  1. Soberanistas: Categoria que está sendo resgatada, portanto mais rara e menos óbvia. São países com autonomia e que não sofrem influências globalistas e multipolares. Eles até participam de fóruns internacionais junto com os globalistas, são amigos e parceiros dos multipolares mas só respeitam e prezam suas próprias instituições e agendas. Poucos países têm o privilégio de estar nessa categoria: EUA, Israel, Índia e Japão.

 

  1. Na América Latina, a Argentina começa a se posicionar como soberanista, com Javier Milei. A vertente soberanista é a mais apropriada para o Brasil, e temos tudo para sermos um dos expoentes desse bloco, mas ainda estamos na categoria dos países Vassalos, sobre a qual vamos falar na próxima semana. Não perca essa análise exclusiva que vai mudar sua perspectiva da geopolítica. Até lá!

 

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

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