
Pesquisa feita entre alunos da rede municipal paulistana indica que 16,1% dos alunos entre 4 e 14 anos foram infectados pelo SARS-Cov-2. Trata-se de percentual maior que a média da população da capital paulista que, de acordo com estudo anterior, tem 10,9% de pessoas infectadas.
A pesquisa divulgada pela Prefeitura de São Paulo nesta terça-feira (18) procurou detectar anticorpos em 6 mil dos 676 mil alunos da rede municipal. Os estudantes foram divididos em três grupos, por faixa etária: de 4 a 5 anos, de 6 a 10 anos e de 11 a 14 anos. O percentual dos que tiveram o vírus variou entre 16,5% (entre os mais jovens) e 15,4% (no grupo mais velho).
O percentual de assintomáticos foi de 64,4%, sendo que 74,1% das famílias alegaram ter aderido completamente ao isolamento social e 24,1% disseram ter cumprido apenas parcialmente as medidas para evitar o contágio. Menos de 2% disseram não ter seguido recomendação alguma.
Segundo a pesquisa, 25,9% dos jovens têm contato com pessoas de mais de 60 anos, o grupo de maior risco para a doença.
De acordo com o prefeito Bruno Covas, o estudo mostra que não é possível retornar às aulas em setembro, seja na rede pública, seja nas escolas particulares. Na avaliação do prefeito paulistano, a dificuldade em manter o distanciamento social dentro das escolas e o alto percentual de jovens assintomáticos poderia aumentar a circulação do vírus, ocasionando um vetor de disseminação da doença na cidade de São Paulo.
A prefeitura fará uma pesquisa envolvendo também alunos das redes estadual e das escolas particulares.