Cristina Kirchner critica governador Axel Kicillof por derrota do peronismo em eleições.
Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, de 2007 a 2015, lançou uma crítica feroz ao governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, acusando-o de ter contribuído para a derrota do peronismo nas eleições legislativas de meio de mandato realizadas no domingo (26).
Em um longo texto publicado no X, Cristina, que está cumprindo uma pena de seis anos de detenção e inabilitação perpétua para ocupar cargos públicos em prisão domiciliar, argumentou que a decisão de Kicillof de separar as datas das eleições legislativas na província de Buenos Aires e do pleito legislativo nacional foi um erro político que afastou a vitória do peronismo. A província de Buenos Aires é a mais populosa do país e foi a única a não votar de forma unificada com o restante do país.
Cristina também destacou que os demais governadores peronistas, como Sergio Raúl Ziliotto de La Pampa, Ricardo Quintela de La Rioja, Raúl Jalil de Catamarca, Osvaldo Francisco Jaldo de Tucumán e Gildo Insfrán de Formosa, venceram as eleições parlamentares nas suas respectivas províncias, o que sugere que a estratégia eleitoral escolhida por Kicillof foi a principal razão para a derrota do peronismo na província de Buenos Aires.
A ex-presidente também se referiu à pressão que ela e o Partido Justicialista exerceram para que as eleições fossem realizadas em datas unificadas, mas que a decisão de Kicillof foi mantida e as eleições foram realizadas em datas separadas. Uma fonte do governo Kicillof reagiu às críticas de Cristina, descrevendo-as como “entediantes” e argumentando que elas não mudariam a realidade eleitoral.
As eleições legislativas de domingo resultaram na vitória do partido do presidente Javier Milei, A Liberdade Avança, que obteve 41% dos votos contra 33% da oposição peronista. A vitória do LLA deu fôlego político ao presidente para aprovar projetos e evitar a derrubada de vetos no Congresso argentino.



