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Deslizamento de terra no Sudão agrava crise humanitária em Darfur do Sul

A devastadora tragédia de um deslizamento de terra no Sudão, com potencial para ter vitimado mais de mil pessoas, foi relatada nesta quinta-feira (4) pelo escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários. O desastre natural intensifica ainda mais a crise humanitária que já assola o país africano, agravada pela guerra civil em curso.

O deslizamento, ocorrido no domingo (31) em uma vila localizada em uma região montanhosa, teve como causa dias de chuvas torrenciais que atingiram o país. A dificuldade de acesso à região torna a tarefa de socorrer as vítimas ainda mais desafiadora, com o número de mortes podendo ser ainda maior. De acordo com relatos de um grupo rebelde que controla a área, apenas um morador da vila sobreviveu ao desastre.

Diante da situação desesperadora, o grupo apelou para a comunidade internacional, solicitando auxílio urgente para os atingidos. As necessidades são diversas e urgentes: água potável, saneamento básico, abrigos temporários e itens de primeira necessidade. A Organização Internacional para Migrações informou que mais de 300 pessoas estão deslocadas na localidade de Gedaref, além de mais de 750 pessoas sem abrigo, e centenas de casas destruídas no estado de Darfur do Sul.

O Sudão, que enfrenta há mais de dois anos uma guerra civil, se encontra em uma situação ainda mais crítica após o deslizamento de terra. A tragédia pode aprofundar a crise humanitária na cidade de Al Fasher, onde 260 mil civis vivem sob cerco há mais de 500 dias, imposto por grupos paramilitares. Documentações indicam mais de 1,1 mil violações graves registradas na cidade.

A situação de vulnerabilidade da população também é agravada por outros fatores. Na semana passada, antes do deslizamento de terra, o Unicef já alertava para a grave situação de desnutrição de pelo menos 6 mil crianças sudanesas, que sofrem com a Desnutrição Aguda Severa.

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