No dia 25 de agosto, o Brasil se rende à celebração do Dia do Feirante, uma data dedicada a homenagear aqueles que, antes mesmo do nascer do sol, já se dedicam à organização de seus espaços de venda. São profissionais que dinamizam a economia, tanto regional como nacional, garantindo que os alimentos mais frescos cheguem às mesas brasileiras.
A trajetória dos feirantes no país remonta a 1914, com a realização da primeira feira livre em São Paulo, localizada no Largo General Osório. Anos depois, em 1934, o prefeito Washington Luiz deu um passo importante ao oficializar a atividade através do Ato nº 625. Atualmente, a profissão está regulamentada pela Lei nº 492, de 1984, que define direitos e deveres para todos os feirantes em todo o território nacional.
Francisco de Carvalho, proprietário de uma banca de frutas, ilustra a rotina e a dedicação dos feirantes. Acordar em horas intempestivas, lidar com o peso das mercadorias e receber os clientes com sorriso e disposição são parte do dia a dia desses comerciantes. Para ele, o trabalho é feito com amor, carinho e, principalmente, em benefício da população, oferecendo os melhores produtos.
A cultura das feiras é um legado familiar transmitido de geração em geração. Em diversas bancas, pais, filhos e até netos trabalham juntos, perpetuando a tradição de plantar, colher e comercializar. Suelen Gomes, feirante do Ver-o-Peso, considerada a maior feira livre a céu aberto da América Latina, revela o forte vínculo afetivo com seus clientes. “Vim através do meu pai. Meu pai tem 50 anos de Ver-o-Peso. Tudo o que aprendi foi trabalhando aqui. Para mim, representa muita coisa boa. Aqui é minha casa”, expressa.
Além de serem essenciais para o abastecimento alimentar, as feiras livres são espaços vibrantes de diversidade e identidade popular. Sotaques, aromas, cores e histórias se entrelaçam, contribuindo para a rica tapeçaria cultural brasileira.
