O Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado neste sábado (9), marca o aniversário de 28 anos desde sua criação em 1995. Esta data foi estabelecida com o intuito de promover uma reflexão profunda sobre a existência dos povos originários e incentivar o debate sobre suas necessidades, culturas e reivindicações de direitos humanos. Essas reivindicações abrangem as diversas etnias que compõem as comunidades tradicionais em todo o planeta.
Puyr Tembé, secretária estadual dos Povos Indígenas do Pará, destaca a importância deste dia para que a sociedade compreenda as demandas dos povos originários. Para ela, o reconhecimento genuíno dos povos indígenas exige a defesa da demarcação de terras indígenas. A luta, segundo Tembé, deve ser incessante para garantir a proteção dos direitos desses povos.
Em um momento crucial, à véspera da 30ª edição da Conferência das Partes (COP30), a Amazônia se torna o centro das discussões sobre as mudanças climáticas. Nice Tupinambá, ativista indígena, ressalta que esta data conecta a luta dos povos indígenas em escala global. Tupinambá enfatiza que, apesar de representarem aproximadamente 5% da população mundial, os povos indígenas são responsáveis pela proteção de 80% dos territórios onde florestas vivem. Para ela, os povos indígenas carregam a missão crucial de proteger a vida.
No Brasil, a data assume ainda maior relevância para os cerca de 850 mil indígenas que habitam o território nacional, distribuídos em mais de 200 etnias, de acordo com o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
