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Direita avança também na Inglaterra

Vitória do Reform UK nas eleições locais sinaliza o esgotamento do centrismo e o avanço de propostas conservadoras autênticas

Na semana passada, um pequeno partido, o Reform UK, ganhou de lavada as eleições municipais na Inglaterra, firmando-se como sigla conservadora. O partido é coerente na defesa da soberania nacional e local, descentralização e cidadania dos ingleses; contra a imigração ilegal, em consonância com a opinião de boa parte da população.

 

O Partido Conservador, que deveria ter esse papel, está infiltrado por social-democratas,  na contramão da História. Nas últimas décadas o partido se converteu em Centrão, representando a burocracia, e fez mais pela agenda globalista que muitos da própria esquerda, representada pelo Partido Trabalhista, o Labour Party.

 

Liderado pelo atual primeiro-ministro Keir Starmer, os trabalhistas mantiveram o comando do parlamento por boa parte do século 20 e 21, com suas propostas sindicalistas e defesa da estatização. Hoje, sem apoio da sociedade para suas ideias ultrapassadas, eles se alinharam aos globalistas para defender a adesão à União Europeia e pautas de imigração, gênero e meio ambiente..

 

O principal responsável pela eleição do socialista Starmer foi o próprio Partido Conservador. Boris Johnson em 2019 retardou a aprovação do Brexit no parlamento, sendo que a população já o tinha aclamado amplamente em plebiscito. Sob o comando dos conservadores, o Brexit, que deveria promover as necessárias reformas, se rendeu à burocracia e não conseguiu conter a  inflação, que chegou a dois dígitos.

 

Os sucessores de Johnson, também do Partido Conservador, alinharam-se  à esquerda, em uma clara demonstração de colaboracionismo, e ainda rotularam o Reform UK como estranho à direita. Resultado: em 2024, os trabalhistas voltaram ao poder graças à frouxidão do conservador que virou centrão.

 

O recado é que a população prefere votar em quem tem propostas claras a apostar em candidatos com postura obscura. Por isso partidos do centrão na Europa estão perdendo para pequenos partidos de direita com posicionamento firme, e o mesmo vai acontecer no Brasil. Nosso centrão se diz de direita, mas não quer refutar a ideologia esquerdista nem combater projetos abusivos dos socialistas.

 

Não basta vencer uma eleição, é preciso promover mudanças de fato. Se isso não acontecer, será mais uma vitória para a agenda da esquerda. As mudanças passam por todas as instituições e mesmo uma nova Constituição. Se o centrão assumir protagonismo, a esquerda continuará no poder para sempre..

 

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

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