Deputado Eduardo Bolsonaro denuncia incidente suspeito em residência nos EUA

A esposa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que reside nos Estados Unidos desde março, relatou um incidente suspeito ao marido, que por sua vez acionou a polícia norte-americana. Segundo Eduardo, a esposa havia visto dois homens usando óculos escuros dentro de um carro preto com vidros escurecidos, estacionado em frente à sua casa no Texas.
A cena parecia intrigante, especialmente quando os ocupantes do veículo começaram a mexer no celular de maneira suspeita. Ao deixar o local, o carro deu meia-volta em vez de simplesmente seguir pela rua, aumentando ainda mais a desconfiança do deputado. Eduardo chegou a publicar no X um relato do incidente, incluindo uma foto do veículo, mostrando a placa. No entanto, ele apagou a postagem horas depois, ainda na madrugada deste sábado (18).
Eduardo Bolsonaro ressaltou que, se a ação tiver sido conduzida por agentes estrangeiros, pode configurar crime conforme a legislação dos EUA. O parlamentar é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A situação reacendeu a discussão sobre os limites da fiscalização e possíveis abusos de autoridade cometidos pelo ministro Alexandre de Moraes no exterior. Na última quinta-feira (16), o jornalista Paulo Figueiredo disse em uma live que autoridades norte-americanas alertaram ele e Eduardo sobre um possível monitoramento da Polícia Federal brasileira em solo americano. Segundo Figueiredo, o ministro Alexandre de Moraes teria determinado a vigilância.
Eduardo Bolsonaro publicou um relato detalhado do incidente, incluindo a seguinte descrição: “Hoje à tarde, enquanto eu não estava em casa, minha esposa percebeu um carro com vidros escuros estacionado em frente à nossa residência. Dentro dele havia dois homens usando óculos escuros, observando atentamente a casa. Ela preferiu não comentar nada com minha sogra para não assustá-la, mas a situação era tão evidente que até ela acabou notando.”
O parlamentar destacou que a polícia local já foi informada do ocorrido e que, se a vigilância tiver sido promovida por autoridade não americana, isso configura crime e é tratado com extrema seriedade nos Estados Unidos. Ele reafirmou que, no Texas, as pessoas têm o direito e os meios para se proteger, caso algo venha a evoluir para uma conduta mais ofensiva.