Flávio Bolsonaro anuncia pré-candidatura à presidênciaência da República
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) concedeu uma entrevista coletiva no domingo (7) após anunciar sua pré-candidatura à presidência da República, enfatizando que o pleito de 2026 não é uma escolha de pessoa, mas sim a definição do futuro do país. Ele afirmou que a decisão de lançar seu nome ocorreu na semana passada, após sentir que o momento era oportuno, embora já tivesse conversado com seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, há bastante tempo.
“Eu sempre disse para ele que estava na mão de Deus e ele sentiu por bem que eu fizesse [o anúncio] após a reunião com ele e após conversar com algumas pessoas. Assim foi feito na semana passada”, explicou o senador. Flávio deixou claro que o foco principal da sua campanha será oferecer um caminho alternativo ao atual governo, que ele classifica como um “rumo de tragédia anunciada”. Segundo o senador, a tarefa agora é “começar a colocar no papel aquilo que a gente pretende de caminho para o Brasil”.
Ele ressaltou a importância da escolha que os eleitores farão: “vocês não vão escolher uma pessoa para ser o presidente do Brasil, vocês vão escolher um caminho que é o caminho que o Brasil vai seguir nos próximos 4 anos”. O senador também destacou a necessidade de unir forças para tirar “essa ameaça à democracia, essa ameaça às famílias brasileiras”. Ele considera Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo pelo Republicanos, “um cara fora de série” e afirma que a vitória em São Paulo é vista como o ponto de partida para “resgatar o Brasil” em 2026.
Flávio também planeja iniciar imediatamente a articulação política, com conversas com líderes partidários importantes, como Valdemar Costa Neto (PL), Antônio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (Progressistas). Ele espera que a exposição traga o conhecimento de “um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política que conhece Brasília e um Bolsonaro que realmente vai querer fazer uma pacificação nesse país”.
O senador também criticou a retirada de uma prerrogativa constitucional do Senado por meio de “uma canetada monocrática” do ministro Gilmar Mendes, o que representa um ataque ao equilíbrio entre os poderes. Para ele, o Brasil precisa ser “redemocratizado”. Flávio também atualizou a situação de comunicação com o pai, informando que não fala com o ex-presidente Bolsonaro desde a terça-feira, devido à impossibilidade de ele portar telefone celular. Ele usará seu tempo de visita semanal para explicar ao pai que o anúncio de sua candidatura “elevou o moral de todo mundo” e “reacendeu uma chama que estava apagada” na militância.
Por fim, o senador gerou expectativa ao responder sobre a possibilidade de desistência da candidatura, afirmando que tem um “preço” para não ir até o fim, mas só o anunciará na próxima segunda-feira. “Eu quero que vocês pensem sobre o que está em jogo no Brasil e quanto vale eu retirar minha candidatura”, afirmou.



