Execução de Bryan Fredrick Jennings em 2025 eleva número de pena de morte na Flórida
A execução de Bryan Fredrick Jennings, um ex-fuzileiro naval de 66 anos, marcou mais uma pena de morte aplicada na Flórida em 2025. Condenado à morte pelo estupro, sequestro e assassinato de uma menina de seis anos em 1979, Jennings foi executado por injeção letal na última quinta-feira (13).
Segundo documentos judiciais, Jennings sequestrou a menina enquanto ela dormia em casa e a levou em seu carro, onde a estuprou e assassinou brutalmente. Suas duas primeiras condenações pelo crime foram anuladas em apelação, mas a terceira e última condenação, em 1986, foi definitiva. Com isso, o estado governado pelo republicano Ron DeSantis elevou para 16 o número de execuções no ano de 2025, tornando-se responsável por mais de um terço das penas de morte aplicadas em todos os Estados Unidos.
Já o estado de Oklahoma comutou a pena de execução de Tremane Wood, que estava marcada para quinta-feira. Culpado por esfaquear um jovem de 19 anos durante um assalto a um motel em 2002, Wood recebeu o aviso que sua pena foi convertida em prisão perpétua poucos momentos antes de sua execução. Essa decisão contrasta com a Flórida, que continua a aplicar penas de morte sem hesitar.
Nessa semana, a Flórida deve executar outro ex-membro das Forças Armadas dos EUA, Richard Barry Randolph, um ex-soldado de 63 anos que receberá uma injeção letal por ser considerado culpado pelo assassinato e estupro de Minnie Ruth McCollum, funcionária de uma loja de conveniência em East Palatka, em 1998. Isso elevará o número total de execuções de veteranos sob o governo DeSantis, para nove, mais do que qualquer outra administração, de acordo com a Floridians for Alternatives to the Death Penalty (FADP), uma organização que se opõe à pena de morte.
A FADP argumenta que os veteranos retornam de suas missões com “feridas invisíveis”, como lesões cerebrais, doenças mentais e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que o governo não trata. O sargento aposentado Ryan Sanshuck, da FADP, alertou que “quando o estado da Flórida executa veteranos, está dizendo a cada um de nós que nossa dor e nosso serviço não importam. Está dizendo que o mesmo governo que nos enviou para a guerra e não cuidou de nós quando voltamos para casa está disposto a nos abandonar quando lutamos com mais afinco”.



