Um estudo publicado em janeiro deste ano no American Journal of Obstetrics and Gynecology sugere que a vacinação materna pode conferir proteção ao bebê e aponta que um certo nível de IgG (imunoglobulina G) na mãe pode ser necessário para transferir um nível suficiente de anticorpos para o recém-nascido. Os pesquisadores avaliaram 88 mulheres grávidas com teste sorológico positivo para SARS-CoV-2 em Nova York, no primeiro semestre de 2020 (quando ainda não havia vacinação contra a covid). Delas, 42% foram sintomáticas e 58%, assintomáticas – e um dos resultados encontrados foi que os níveis de IgG foram significativamente maiores em mães sintomáticas do que em mães assintomáticas. Os pesquisadores avaliaram 50 recém-nascidos e identificaram que 39(78%), apresentaram resultados sorológicos positivos depois da análise do sangue do cordão umbilical.
Ainda há diversas dúvidas sobre o tempo que dura a proteção e até que ponto os anticorpos IgG derivados da mãe são protetores para o bebê.
O caso de uma gestante em Tubarão (SC) ganhou destaque quando foi descoberto que seu bebê tinha nascido com anticorpos contra a covid – 19.A mãe, médica, foi vacinada com a Coronavac em fevereiro, quando estava com 34 semanas de gestação ,o bebê nasceu em 9 de abril e um teste realizado dois dias depois revelou a presença de anticorpos contra a covid.