Política e Economia

Hugo Motta Defende Punições a Parlamentares que Ocuparam Mesa da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, se posicionou sobre a ocupação da mesa diretora pelo grupo de oposição durante a semana. Em entrevista à CNN Brasil, Motta afirmou, individualmente, que apoia a punição aos parlamentares que se recusaram a deixar o local por quase dois dias em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A decisão sobre as punições será tomada em reunião da mesa diretora da Câmara, que poderá envolver tanto os deputados que se recusaram a sair da tribuna quanto aqueles que, supostamente, promoveram agressões durante a manifestação. Motta ressaltou que a situação foi grave e que medidas devem ser tomadas para evitar repetições.

Ele também se mostrou incomodado com o fato de ter sido impedido por Marcel van Hattem (Novo-RS) de ocupar sua cadeira na primeira tentativa após a negociação para desocupar a mesa diretora.

Motta descreveu a semana como desafiadora, com uma crise entre os Poderes, um ex-presidente preso e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já se preparando para a reeleição em 2026. O presidente da Câmara criticou a obstrução física dos trabalhos legislativos pela oposição, classificando-a como um episódio triste que jamais havia sido vivenciado antes.

Motta negou ter feito qualquer acordo para encerrar a ocupação da mesa diretora, afirmando que a normalidade foi retomada sem negociações sobre pauta política ou a presidência da Câmara. Ele expressou preocupação com a possibilidade de outros partidos tomarem a mesma atitude, estabelecendo um precedente gravíssimo.

A possibilidade de punições a parlamentares envolvidos em agressões durante a ocupação foi mencionada por Motta, citando casos recentes como os de Gilvam da Federal (PL-ES) e André Janones (Avante-MG), que foram suspensos por três meses. A decisão final, porém, caberá ao Conselho de Ética.

O presidente da Câmara também abordou a questão da crise entre os Poderes, afirmando que existe um sentimento de incômodo entre os deputados em relação às interferências do Supremo Tribunal Federal (STF). Motta afirmou que os parlamentares se sentem tolhidos na realização de seus mandatos.

Ele criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de acatar a ação do governo que contestou a derrubada do decreto presidencial que eleva a alíquota do IOF. Motta ressaltou que a Câmara e o Senado aprovaram a suspensão da medida com ampla margem de votos, mas a decisão foi revertida pelo STF.

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