Gustavo Petro, presidente da Colômbia, não poupa palavras em seu diálogo público com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em uma entrevista ao jornalista Daniel Coronell, da emissora Univision, veiculada na segunda-feira (20), Petro fez uma declaração que gerou reação no hemisfério americano.
Segundo o mandatário esquerdista, a humanidade teria uma primeira saída para resolver seus problemas: tirar Trump do poder. Petro não se limitou a essa afirmação, destacando que existem diferentes maneiras de alcançar esse objetivo, incluindo a possibilidade de Trump mudar seu comportamento. No entanto, se isso não acontecer, o presidente colombiano sugere que o povo dos Estados Unidos deve interferir e substituir Trump.
Essa declaração gerou reação imediata nos Estados Unidos, onde o deputado republicano Carlos Giménez chamou Petro de “ameaça genuína à segurança do nosso hemisfério” e acusou-o de fazer ameaças que precisam ser levadas a sério.
Em resposta, Petro voltou a uma rede social para esclarecer sua posição. Ele afirmou que não ameaçou Trump, mas sim defendeu a ideia de que o presidente republicano deva mudar seu coração e abandonar políticas que promovem a morte e o sofrimento no mundo, como o genocídio na Palestina. Petro argumentou que, se Trump não mudar, o povo dos Estados Unidos deve tomar medidas para substituí-lo.
Essa tensão entre os dois presidentes está relacionada a uma série de questões, incluindo a operação militar americana no Mar do Caribe e a assistência financeira que os Estados Unidos fornecem à Colômbia. No fim de semana, Trump chamou Petro de “traficante” e ameaçou cortar a assistência financeira ao país sul-americano. Em resposta, Washington ameaçou impor mais tarifas sobre importações colombianas.
Em meio a essa tensão, Petro se reuniu na segunda-feira com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, John McNamara. A reunião foi realizada em um clima de tensão, com as duas partes discutindo a situação geopolítica na região.
