Polícia de Hong Kong emite mandados de prisão para 19 ativistas estrangeiros acusados de apoiar o “Parlamento de Hong Kong”

A polícia de segurança nacional de Hong Kong divulgou a notícia de que mandados de prisão foram emitidos contra 19 ativistas que residem no exterior. A agência Reuters informa que eles foram acusados de participação na criação ou apoio ao chamado “Parlamento de Hong Kong”. As autoridades da região administrativa especial (RAE) afirmam que esse grupo tinha como objetivo subverter o poder do Estado e derrubar os governos local e da China através da proposta de um referendo e candidaturas para o Parlamento informal.
Quatro dos ativistas já tinham mandados de prisão em aberto contra si, cada um com uma recompensa de 1 milhão de dólares de Hong Kong (cerca de R$ 710 mil) pela sua captura. Os 15 restantes, além dos mandados de prisão, têm uma recompensa de 200 mil dólares de Hong Kong (aproximadamente R$ 141,8 mil) oferecida pela sua localização e prisão. Entre os nomes citados na operação estão o empresário Elmer Yuen, o comentarista Victor Ho, e os ativistas Johnny Fok e Tony Choi.
A jurisdição de Hong Kong foi transferida do Reino Unido para a China em 1997, sob a promessa de autonomia para a região. No entanto, desde os protestos por democracia ocorridos entre o final de 2019 e o início de 2020, Pequim impôs a uma nova Lei de Segurança Nacional a território. Essa lei serviu como base para prisões e condenações de dezenas de ativistas, além de mudanças eleitorais que visam garantir que somente políticos fiéis ao Partido Comunista Chinês (PCCh) possam concorrer e ser eleitos na RAE.