O incêndio devastação na Chapada dos Veadeiros, estado de Goiás, já consumiu uma área equivalente a 109 mil campos de futebol, representando 77 mil hectares de Cerrado. A tragédia atingiu o território indígena Kalunga, tornando a situação ainda mais complexa.
As batalhas contra as chamas continuam intensas ao norte do parque, especialmente no município de Cavalcante, onde se encontra o território quilombola Kalunga. De acordo com o coordenador do Centro Especializado em Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Morita, a difícil acessibilidade das áreas afetadas é um grande obstáculo. “As áreas são de difícil acesso, pois há muitas serras na região. Para chegar lá, é preciso utilizar helicópteros”, explica Morita, que destaca o apoio do Ibama no transporte e posicionamento dos brigadistas em pontos estratégicos.
Um destacamento de cerca de 130 brigadistas se dedica ao combate ao fogo. Entre eles, profissionais do ICMBio, Ibama e voluntários da Brivac, Rede Contra Fogo e Cerrado de Pé. A força também conta com o apoio dos bombeiros militares de Goiás, que reforçam as ações de contenção.
As autoridades estão diligentemente investigando as causas do incêndio, buscando identificar os responsáveis. “As investigações estão em andamento para determinar se o incêndio foi criminoso. A Polícia Civil do Goiás e a Polícia Federal estão atuando na investigação”, afirma Morita, que revela que todas as linhas de investigação estão abertas e os trabalhos já foram iniciados.
O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, felizmente, não foi atingido pelas chamas e permanece aberto para visitação. No entanto, outra frente de combate ao fogo se desenrola na Terra Indígena Avá-Canoeiro, localizada a 240 quilômetros do local, no município de Colinas do Sul.
