
As espécies invasoras, muitas vezes, são vistas como um problema ambiental, mas um grupo de pesquisadores da USP descobriu que essas espécies também podem ser portadoras silenciosas de bactérias resistentes, o que pode potencializar crises de saúde pública. Essa é a conclusão de um estudo recente que aponta a relação entre espécies que se adaptaram à convivência com humanos, como pombos e ratos, e a disseminação de bactérias multirresistentes.
De acordo com os pesquisadores, essas espécies invasoras são capazes de carrear bactérias resistentes em suas peles, nas suas fezes e na sua saliva, o que as torna potencialmente perigosas para a saúde pública. Isso ocorre porque essas bactérias, após serem transmitidas a humanos, podem resistir a tratamentos medicamentosos comuns, o que pode levar a epidemias e pandemias.
O estudo destaca que a adaptação dessas espécies à convivência com humanos é um fator importante para a disseminação dessas bactérias. Como essas espécies se tornaram mais comuns em áreas urbanas, elas também se tornaram mais próximas da população humana, aumentando a probabilidade de contato e transmissão de doenças.
A descoberta desses pesquisadores é um alerta importante para a necessidade de se tomarem medidas para prevenir a disseminação dessas bactérias e para se desenvolver estratégias de controle dessas espécies invasoras. Além disso, é fundamental que os cientistas e os líderes públicos trabalhem juntos para garantir a saúde pública e preservar o meio ambiente.