Israel intensifica ataques em Gaza, detonando prédio de escritórios

As Forças de Defesa de Israel (FDI) intensificaram suas ações na Cidade de Gaza, com um ataque aéreo que resultou na destruição de um prédio de escritórios de 12 andares. Esse ataque marca o quarto alvos de grande altura atingidos pelos israelenses em apenas quatro dias.
O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alega que essas edificações altas estão sendo utilizadas pelo Hamas como pontos de observação estratégicos. O grupo terrorista nega veementemente essas alegações, afirmando que os prédios em questão têm finalidade civil.
Em uma mensagem postada no X, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, descreveu a ofensiva como uma “tempestade de furacão”, prometendo que o ataque aéreo será seguido por uma operação terrestre que visa eliminar o Hamas. Katz fez um ultimato ao grupo terrorista, exigindo o libertação dos reféns e o abandono das armas, ameaçando a destruição total de Gaza caso contrário.
Katz afirmou que as FDI seguem o plano original e se preparam para expandir a manobra com o objetivo de dominar completamente Gaza.
Moradores da Torre Sousi, um edifício de 15 andares destruído por um ataque israelense no fim de semana, relataram à Associated Press que foram avisados pelo exército israelense com apenas 20 minutos para recolher seus pertences e fugir antes do bombardeio.
Em sua mensagem, Netanyahu afirmou que os ataques a edifícios altos são apenas o início de uma operação terrestre ainda mais contundente, que está sendo preparada pelas FDI na Cidade de Gaza. Netanyahu apelou aos palestinos que se encontram na capital do enclave para deixarem a área o mais rápido possível, advertindo sobre os riscos inerentes à proximidade com o conflito.
Em agosto, o governo israelense aprovou um plano para ocupar a Cidade de Gaza, no norte do enclave, e deslocar seus habitantes para o sul. Na época, cerca de 1 milhão de palestinos estavam abrigados na cidade, muitos deles deslocados de outras áreas do enclave devido à guerra. Segundo Netanyahu, cerca de 100 mil palestinos já deixaram a cidade devido à ofensiva israelense. No entanto, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima o número de deslocados em cerca de 40 mil.