A justiça brasileira tem sido acusada dezenas de vezes de não estar a par das mudanças tecnológicas e das práticas das redes sociais. No entanto, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, recentemente fez uma declaração que pode ter tornado os críticos mais silenciosos. Segundo ele, as redes sociais não apenas estão mudando a forma como as pessoas se relacionam entre si, como também estão exercendo uma influência subterrânea sobre suas opiniões e comportamentos.
De acordo com Moraes, as redes sociais são capazes de realizar “uma lavagem cerebral nas pessoas”, fazendo-as acreditar que o que elas estão fazendo é liberdade de expressão. Isso, no entanto, não é necessariamente verdade. Muitas vezes, as pessoas são enganadas por conteúdos falsos ou manipulados por interesses próprios, o que pode levar a uma perda de perspectiva e a uma formação de opiniões fundamentadas em informações superficiais.
A afirmação do ministro do STF não é uma novidade, mas tem um peso especial vindo de uma autoridade como ele. Moraes, que já prendeu e multou vários líderes políticos e empresários por conteúdo difamatório ou ofensivo publicado nas redes sociais, tem uma compreensão profunda das práticas das redes sociais e de sua influência nos fãs. Sua declaração pode ser vista como um alerta para os brasileiros sobre a importância de serem críticos e atentos à informação que consumimos em linha.
A questão, no entanto, não é se as redes sociais estão exercendo uma influência sobre as pessoas, mas sim se as pessoas estão se tornando mais conscientes disso e se estão fazendo algo para mudar o curso. A responsabilidade é compartilhada entre os usuários das redes sociais e as próprias plataformas. Enquanto as pessoas precisam ser mais atentas à informação que consumem, as plataformas precisam ser mais transparentes e responsáveis em relação ao conteúdo que hospedam.
