Coalizão de Voluntários que Apoiam a Ucrânia Debate Resultados do Encontro Trump-Putin

Líderes de países membros da Coalizão de Voluntários, que apoiam a Ucrânia, se reuniram no domingo (17), um dia antes de uma importante visita a Washington. O objetivo da reunião era alinhar posições antes do encontro com o presidente americano, Donald Trump.
A porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podestà, descreveu a conversa como positiva, destacando a discussão de temas cruciais como o fim das hostilidades na Ucrânia, a manutenção de sanções contra a Rússia e a soberania da Ucrânia em definir seu futuro.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, reforçou a necessidade de aumentar a pressão sobre a Rússia caso um cessar-fogo não seja acordado. Costa também enfatiza a importância do direito da Ucrânia em determinar suas próprias condições para a paz.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, participaram da reunião via videoconferência a partir de Bruxelas. Anteriormente, durante uma coletiva de imprensa conjunta, ambos enfatizaram que decisões sobre o futuro da Ucrânia devem ser tomadas em conjunto com Kiev.
A delegação europeia, composta por líderes como Friedrich Merz (Alemanha), Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Giorgia Meloni (Itália), Alexander Stubb (Finlândia) e Mark Rutte (secretário-geral da OTAN), viaja a Washington para discutir os resultados das conversas entre Trump e Vladimir Putin, ocorridas na última sexta-feira no Alasca.
A reunião entre Trump e Putin não resultou em um acordo para a paz na Ucrânia, mas o presidente americano deixou a possibilidade de uma cúpula trilateral entre ele, Putin e Zelensky para buscar uma solução definitiva.
Marco Rubio, secretário de Estado americano, afirmou em entrevista à emissora “NBC” que novas sanções econômicas à Rússia não estão descartadas caso Putin não demonstre compromisso com um acordo de paz duradouro. Ele reconheceu, porém, que o aumento da pressão sobre Moscou poderia comprometer o diálogo e atrasar o processo de paz.
Rubio destacou que as sanções existentes desde antes da posse de Trump continuam em vigor e que novas medidas poderiam ser implementadas caso um acordo não seja alcançado.
Apesar da ameaça de novas sanções, o secretário de Estado afirmou que o objetivo principal é pôr fim à guerra. Ele reconheceu que um cessar-fogo temporário poderia ser necessário, mas defendeu a busca por um pacto duradouro como a melhor solução.