Grito dos Excluídos em Brasília: Manifestação reúne poucos apoiadores da soberania brasileira e contra anistia aos presos de 8 de janeiro
Em Brasília, no dia 7 de setembro, a manifestação “Grito dos Excluídos”, organizada por partidos de esquerda e centrais sindicais, não conseguiu reunir a multidão esperada. A concentração se deu em um local a menos de dois quilômetros da demonstração da direita “Reaja Brasil”, que se realizava em paralelo ao desfile militar do Dia da Independência.
Com bandeiras e camisetas vermelhas, algumas dezenas de pessoas se reuniram para expressar suas reivindicações. A defesa da soberania brasileira contra as sanções do presidente americano Donald Trump foi o principal mote da manifestação. Diversos participantes vestiam camisas amarelas da seleção brasileira, mas complementavam o visual com coletes, bonés e bandeiras vermelhas, buscando retomar o símbolo tradicionalmente usado na direita, porém em uma versão mesclada com o vermelho da esquerda.
Alguns manifestantes carregavam bandeiras do Brasil e usavam bonés azuis com a frase “O Brasil é dos Brasileiros”, mesma frase utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus ministros para contestar Trump. Representantes de centrais sindicais como a CUT e partidos como o PT e o PSTU estiveram presentes na manifestação.
A Praça Zumbi dos Palmares, local entre o Eixo Monumental, onde Lula participou das comemorações do 7 de Setembro, e a Torre de TV, palco da manifestação da direita, foi o ponto de encontro. A esquerda começou a se reunir por volta das 10h, uma hora após o início da cerimônia de 7 de Setembro e da manifestação “Reaja Brasil”.
Com o tema “A vida em primeiro lugar – Cuidar da Casa Comum e da democracia é luta de todo dia”, o “Grito dos Excluídos”, que teve início em 1995 como forma de se opor ao desfile militar, buscava mobilizar grande número de pessoas contra o movimento da direita que defendia a anistia aos presos de 8 de janeiro. A mensagem “Sem Anistia” e a defesa da soberania foram os focos dos discursos proferidos por ativistas que se revezaram durante a manifestação.
