O mercado de trabalho brasileiro apresentou um quadro misto no terceiro trimestre de 2025. Embora apenas duas das 27 unidades da federação tenham registrado uma melhoria na taxa de desemprego em comparação com o trimestre anterior, a maioria das regiões manteve o desemprego estável. O Rio de Janeiro foi a única unidade que apresentou uma taxa significativamente menor, caindo de 8,1% para 7,5%, enquanto o Tocantins também apresentou uma redução, de 5,3% para 3,8%.
O Pernambuco, Amapá e Bahia lideraram as regiões com as maiores taxas de desemprego, enquanto Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia apresentaram as menores taxas. Esses dados são resultado da Pesquisa por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação no período foi de 5,6%, a menor da história da pesquisa iniciada em 2012.
A região que apresentou o maior percentual de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, foi o Maranhão, seguido pelo Piauí e Alagoas. Por outro lado, Santa Catarina e Mato Grosso apresentaram os menores percentuais de desalentados. O Maranhão também destoa como a unidade com a maior taxa de pessoas trabalhando por conta própria, com 33%, e a maior taxa de informalidade, de 57% da população ocupada.
Segundo o analista da pesquisa, William Kratochwill, o terceiro trimestre é um período de adaptação do mercado de trabalho para atender as expectativas dos agentes econômicos com relação ao último trimestre do ano. Além disso, a PNAD Contínua mostrou que a taxa de desemprego das mulheres alcançou 6,9% entre julho e setembro, acima da verificada entre os homens, de 4,5%, em comparação com o trimestre anterior.
Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para brancos, com 4,4%, e acima para pretos (6,9%) e pardos (6,3%), ainda na comparação com o segundo trimestre do ano. A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 9,8%, a maior entre os demais níveis de instrução analisados. No terceiro trimestre de 2025, o rendimento médio real dos trabalhadores alcançou valor maior nas regiões sul e centro-oeste, em relação ao trimestre anterior.



