
Nesta terça-feira (2), o Brasil se despediu de Mino Carta, um nome icônico no cenário jornalístico brasileiro. Aos 91 anos, o jornalista, fundador e diretor de redação da revista Carta Capital, encerrou sua trajetória após um ano lutando contra problemas de saúde. As últimas duas semanas foram marcadas pela internação na UTI do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde faleceu. A revista Carta Capital confirmou a notícia, mas a causa do falecimento não foi divulgada.
O velório e o enterro de Mino Carta ocorreram no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na capital paulista, nesta tarde. A despedida marca o fim de uma vida dedicada ao jornalismo, uma vida que se entrelaçou com a história do país. Mino Carta deixou um legado indelével, tendo criado jornais e revistas que se tornaram verdadeiros marcos da imprensa brasileira, como Jornal da Tarde, Quatro Rodas, Veja e IstoÉ.
Sua história pessoal também é rica e inspiradora. Nascido em 1933, em Gênova, na Itália, Mino chegou ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940. A paixão pelo jornalismo correu em suas veias desde cedo, sendo o terceiro membro da sua família a trilhar esse caminho, uma tradição iniciada pelo seu avô materno.
A morte de Mino Carta gerou uma profunda comoção no país. O presidente Lula, que conheceu o jornalista há quase cinco décadas, manifestou sua tristeza em nota oficial, destacando a coragem, o espírito crítico e o compromisso de Mino com um Brasil mais justo e igualitário. O presidente decretou três dias de luto oficial em memória do jornalista e, em um gesto de respeito e admiração, cancelou sua agenda com ministros para participar do velório, que aconteceu no início da tarde em São Paulo. Lula deixou Brasília na manhã desta terça-feira e retornará à noite.