O equívoco da maconha
É a droga ilícita mais usada e alvo de constantes debates.
Também conhecida como Cannabis sativa, é uma planta originada na Ásia e seu cultivo começou a ocorrer, a princípio, com o objetivo da extração de fibras, na China.
É a droga ilícita mais usada no mundo e alvo de constantes debates. Por um lado, pode causar sérios danos ao cérebro, por outro, estudos indicam que há substâncias presentes na planta que podem ajudar na cura de doenças, o que é muito diferente. Muitos usuários, usam isso como “desculpa” para consumirem a droga, com a retórica de que por ser natural, não faz mal à saúde.
Apesar de ser liberada (com restrições) em alguns países, essa disponibilidade tende a aumentar o consumo e diminuir a percepção dos riscos ,podendo afetar a saúde e a segurança de uma comunidade.
Devido aos seus efeitos mais sutis, ela não é tratada com tanta preocupação como a cocaína, o crack e até mesmo o álcool, mas deveria, pois, sabemos que é a porta de entrada para outras drogas e além de causar prejuízos à saúde, especialmente para saúde mental, também pode prejudicar a vida do indivíduo no aspecto social, familiar e financeiro. A pessoa que faz uso constante, tem a característica de ser improdutiva, já que seu cérebro trabalha de forma mais lenta, prejudicando o trabalho e relações interpessoais.
Alguns efeitos a curto prazo podem ocorrer como: perda da noção do tempo e espaço, alterações sensitivas, como na audição, boca seca, olhos avermelhados, alucinações, interferência na memória de curto prazo, letargia, taquicardia, aumento da pressão arterial ou queda em dose elevada, entre outros.
Entre os efeitos a longo prazo podemos citar: os cognitivos, levando o indivíduo a apresentar um baixo aproveitamento escolar, por exemplo, abandono do trabalho ou escola, se a pessoa usar durante a gestação, pode ocorrer problemas no desenvolvimento do feto e uma predisposição ao uso de drogas no indivíduo que está sendo gerado, esquizofrenia, depressão, alteração no sistema cardiovascular, hormonal, respiratório, entre outros.
Segundo a Associação Americana de Cardiologia (AAC), mais de 2 milhões de pacientes com problemas cardíacos fumam maconha de forma recreativa ou terapêutica nos Estados Unidos, sendo uma evidência de que a droga pode causar problemas cardíacos. Inclusive quem faz uso de medicações para o coração, pode ter risco aumentado de reações adversas se usado junto com a maconha.
Quanto mais cedo se inicia o consumo dessa droga, maiores são os impactos neurológicos causados.
Assim como as demais drogas, a maconha pode causar dependência e os sintomas de abstinência são geralmente irritabilidade, insônia, dor de cabeça, depressão e comportamentos violentos.
A liberação de produtos à base de maconha para uso medicinal, não é um “convite” para seu uso de forma recreativa, pois além de seu uso ser restrito, com avaliação e prescrição médica, ainda assim, a nova regulamentação não permite que esses produtos sejam chamados de medicamentos, são “produtos à base de cannabis”. Geralmente vendidos como óleo, eles são produzidos apenas para administração via oral ,não sendo autorizado fumar, nem cultivar a planta, o que é crime.
Médicos especialistas reiteram, que existe uma enorme diferença entre o ato de fumar a droga e o uso terapêutico de uma das substâncias presentes na composição da planta.