A oposição ao governo Lula atingiu um marco significativo ao reunir 41 senadores que se manifestaram a favor da abertura do processo de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os senadores paranaenses, dois se posicionaram explicitamente a favor da destituição do ministro, enquanto outro ainda não declarou sua posição.
Sergio Moro (União Brasil) e Oriovisto Guimarães (PSDB) se juntaram à corrente favorável ao impeachment de Moraes, destacando a necessidade de discutir a medida com serenidade diante da escalada da crise. Guimarães, conhecido por suas críticas constantes ao STF e a Moraes, defende o equilíbrio entre os Poderes. Moro, por sua vez, reconhece a drástica natureza da medida, mas considera o debate necessário.
Flávio Arns (PSB), o terceiro senador paranaense, optou por não se posicionar publicamente sobre o assunto. Mesmo assim, ressaltou que a decisão de abrir o processo de impeachment cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), independentemente das assinaturas coletadas pela oposição.
Para que a destituição de Moraes seja concretizada, são necessários votos de 54 dos 81 senadores. Arns afirmou que o presidente do Senado detém o poder de decidir sobre o pedido de impeachment, que precisa ser aceito, posteriormente submetido à Mesa Diretora e, por fim, ao Plenário.
O senador paranaense também afirmou que, caso o processo seja aberto, analisará as provas e argumentos apresentados com imparcialidade. Arns acredita que o julgamento deve ser conduzido com base em evidências e não em antecipações. A situação exige cautela e análise criteriosa de todos os elementos envolvidos.
