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Paraguaçuense integra pesquisa para detecção precoce de mal de Parkinson

O paraguaçuense Bruno Campos Janegitz, doutor pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e professor na mesma instituição, integra um grupo de pesquisa que trabalha na criação de biossensores para detecção precoce do mal de Parkinson, distúrbio do sistema nervoso central que afeta os movimentos, com sintomas como tremores, movimentos lentos, rigidez e perda de equilíbrio. A doença é progressiva e, até o momento, não tem cura. Porém, se descoberta precocemente, pode ser controlada e ter seus sintomas retardados.

O grande desafio em relação ao mal de Parkinson é a dificuldade em detectá-lo por exames neurológicos ou tomografias computadorizadas, que não detectam a doença ainda em seu estágio inicial.

A equipe de pesquisadores com a qual Janegitz trabalha buscou marcadores biológicos que auxiliem na detecção precoce da doença: trata-se da dopamina e da proteína DJ1.

A invenção do grupo, intitulada “Eletrodos flexíveis de platina utilizados como biossensores eletroquímicos para determinação de biomarcadores relacionados ao Mal de Parkinson e método de fabricação”, realiza a análise eletroquímica através da utilização da dopamina de uma amostra, inserindo-a no eletrodo e determinando a disfunção dos biomarcadores que indicam que o paciente tem a predisposição de desenvolver a doença. Isso ocorre porque a proteína DJ1 atua no bloqueio da sinapse, e sua disfunção causa a os problemas motores no paciente.

A equipe é composta pelos pesquisadores do DCNME (Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação) da UFSCar, Bruno Campos Janegitz, Gabriela Carolina Mauruto de Oliveira e Jeferson Henrique de Souza Carvalho, em parceria com Laís Canniatti Brazaca, da USP, e Nirton Cristi Silva Vieira, da Unifesp. A pesquisa levou cerca de um ano para ser desenvolvida, e a tecnologia utilizada apresenta diferenciais em portabilidade, agilidade e sustentabilidade. Segundo Janegitz, “é um equipamento novo que pode ser levado e utilizado em qualquer hospital e laboratório de análises, levando cerca de 5 horas para oferecer o diagnóstico. Além disso, por se tratar de um filme de platina flexível, o sistema pode ser facilmente descartado”.

Fonte: I7 Notícias

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