Polícia espanhola desmantela rede criminosa venezuelana Tren de Aragua
Na última sexta-feira, a polícia espanhola empreendeu uma operação de grande porte contra a organização criminosa venezuelana Tren de Aragua, prendendo 13 suspeitos em todo o território europeu. Essa medida é resultado de uma investigação intensiva da polícia espanhola, que contou com o apoio da Polícia Nacional da Colômbia e do projeto Ameripol-El Pacto 2.0 da União Europeia.
O Tren de Aragua é considerada uma das mais importantes organizações criminosas da Venezuela, com ramificações em outros países. A operação Interciti, que foi anunciada oficialmente na última sexta-feira, teve sua primeira fase em março de 2024, quando o irmão do líder internacional da organização foi preso em Barcelona. Desde então, a polícia espanhola vinha empreendendo uma série de medidas para desmantelar a rede criminosa.
Nesta segunda fase da operação, os agentes prenderam oito supostos membros do Tren de Aragua em Barcelona, dois em Madri e um em cada uma das cidades de Girona, La Coruña e Valência. Além disso, a polícia também desmantelou dois laboratórios de produção de cocaína rosa, conhecida como “tusi”, principal fonte de renda do grupo criminoso, além do tráfico de cocaína.
As autoridades também apreenderam diversas quantidades de drogas sintéticas, cocaína e uma plantação de maconha em ambiente fechado, em cinco operações. As prisões são resultado de uma força-tarefa específica da polícia espanhola contra o estabelecimento dessa organização criminosa na Espanha.
O Tren de Aragua é conhecida por sua ligação com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que usa organizações terroristas estrangeiras para trazer drogas letais e violência para o seu país. Este ano, a gestão Donald Trump designou o Tren de Aragua e carteis do México e de El Salvador como organizações terroristas.
A operação contra o tráfico de drogas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, iniciada nos Estados Unidos em agosto, tem como objetivo desmantelar a rede de distribuição de drogas do Tren de Aragua. Desde o início de setembro, as forças americanas já realizaram 17 ataques contra 18 embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico, resultando na morte de pelo menos 69 pessoas.



