
Em uma operação realizada na segunda-feira (8), a Polícia Federal desferiu um golpe contra o garimpo ilegal que assola a Terra Indígena Yanomami. A ação contou com a execução de 13 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do país: Roraima, Amazonas, São Paulo e Rio de Janeiro.
A Justiça, em um movimento para conter o esquema, determinou o bloqueio de mais de R$ 265 milhões em bens e a suspensão das atividades econômicas de empresas que se envolveram na prática ilegal.
O estopim para a investigação foi a apreensão de duas toneladas de cassiterita em Boa Vista, Roraima. A partir desse ponto, a Polícia Federal mergulhou em um inquérito que busca desvendar se houve facilitação na emissão de licenças ambientais fraudulentas, com o intuito de dar aparência de legalidade à extração de minério.
As perícias conduzidas revelaram irregularidades em processos ambientais utilizados para “esquentar” o minério, um termo que se refere à tentativa de dar legitimidade a minérios extraídos de forma ilegal. Para isso, os envolvidos dependem de uma teia complexa de intermediários, empresas de fachada, além de manipulações de documentos e licenças ambientais, visando ocultar a origem ilícita da atividade.