Política e Economia
Pré-candidato Dante Mantovani: suas opiniões e ideias
A entrevista com o pré-candidato Dante Mantovani foi publicada originalmente no Facebook da Trassos Assessoria, e republicamos aqui para ampliação das informações.
Pré-candidato Dante Mantovani
Nesta semana traremos uma série de entrevistas com paraguaçuenses que se interessam em dividir ideias e opiniões. Hoje temos a honra de conhecer um pouco mais o Maestro e Empresário Dante Mantovani. Acompanhe:
1. Dante Mantovani
Para quem ainda não conhece, quem é o Maestro Dante Henrique Mantovani?
Nascido em Paraguaçu Paulista em 1984 na Santa Casa de Misericórdia, filho do empresário Dervil Mantovani e Elza Vasconcellos Mantovani, pioneiros do setor de Hotelaria na cidade, estando a família no ramo hoteleiro nesta cidade há mais de 80 anos gerando empregos, renda e oportunidades. Possui formação superior em Música, Filosofia Política , Direito e Estudos da Linguagem.
É casado com a Engenheira e Professora Milena Popovic Mantovani, com quem tem 3 fihos – Agnes de 8, Paulo de 6 e Cecília de 2. É Cristão Católico , tem como norte na Política os valores realtivos a Deus, Pátria e Família como base para se buscar o bem comum e o desenvolvimento do município.
2. Qual sua trajetória na vida pública?
Iniciei em 2014 a participar de manifestações na cidade de São Paulo pelo impeachment de Dilma Rousseff, e neste mesmo ano comecei a colaborar com a família Bolsonaro. Em 2018 participei ativamente na campanha Presidencial de Jair Bolsonaro na assessoria de imprensa, e quando eleito o então Presidente Bolsonaro me convidou para assumir a Presidência da Fundação Nacional de Arte (FUNARTE), na qual fiquei entre 2019 e 2020, onde tive a oportunidade de participar do Poder Executivo Federal e executar grande projetos culturais em todo território nacional; em Maio de 2020 saí do governo federal e voltei a Paraguaçu.
Para concorrer à Prefeitura da minha cidade natal pelo Partido Republicanos, ao qual permaneço filiado, tendo ficado em 4. Lugar na disputa, ou seja, em minha primeira eleição disputada fui o quarto candidato mais bem votado da cidade.
3. Qual sua história enquanto empresário paraguaçuense?
Meu pai e minha mãe desde que nasci sempre empreenderam no ramo de hotelaria, turismo e alimentação aqui na cidade, após o falecimento do meu pai em 2008 senti a necessidade de ajudar minha mãe de forma mais ativa e presente, foi quando deixei de ser professor universitário e iniciei na administração hoteleira.
4. Conte um pouco sobre os principais temas que defende?
Defendo a libertação da cidade de Paraguaçu através do trabalho, da geração de emprego e renda , da liberdade econômica para empreender, ser livre e prosperar sem amarras e regulamentações governamentais.
Também defendo que a Saúde deve ser mais ágil e superar o déficit tecnológico e organizacional, não podemos mais nos medir pelas cidades vizinhas, Paraguaçu precisa ter uma saúde que funcione agora, e não daqui 30 anos!
Acredito também no poder transformador da Cultura, que precisa ter uma atenção e priorização por parte de quem entende do assunto, pois simplesmente não existe um povo sem Cultura, que é o que dá a Identidade de uma nação, estado ou cidade!
5. Vamos falar um pouco de educação
A atual gestão defende que tem feito altos investimentos nas escolas, enquanto isso os professores e servidores reclamam da falta de material, falta de condições e, principalmente, a falta de valorização dos profissionais. O que teria para comentar sobre isso?
As reclamações sobre material são não apenas quanto à falta, mas também quanto à qualidade do material oferecido aos alunos. Sobre investimentos nas escolas, vimos em recente matéria jornalística uma escola que foi inaugurada de forma “simbólica”, na prefeitura, pois a obra ainda estava inacabada. A referida escola não conta sequer com saídas de emergência nas extremidades do corredor! Os professores de Paraguaçu são os únicos da região que ainda não recebem o piso salarial.
Outro relato constante é que nem sequer os próprios diretores das escolas são ouvidos pela gestão do departamento, em uma postura bastante autoritária. São muitas coisas que precisam ser corrigidas, o que só mostra que a Educação não é uma prioridade nesta gestão.
Ligando este assunto com o da saúde, mencionado anteriormente, muitos problemas de saúde podem ser sanados com prevenção, e a prevenção na saúde depende, e muito, da Educação.
Os professores são responsáveis pelo futuro da nossa cidade, de nosso país, e devem ser valorizados.
6. MEC
Apesar de toda divulgação e disponibilidade de recursos junto ao MEC, a prefeitura de Paraguaçu insiste em não pagar o piso dos professores. O que pensa disso?
Penso que é falta de visão e de vontade. De visão porque a Educação é o futuro da cidade, que é feita de pessoas, portanto, educar as pessoas deve ser prioridade. E é também falta de vontade pois dinheiro tem em caixa, mas a prefeitura prefere usar para “inaugurar” obras de reformas em prédios que já existem para passar a sensação de que estão fazendo algo, porém isso é muita falta de visão.
Manutenção é coisa do dia a dia, e não se deve fazer alarde do que é básico, ao mesmo tempo em que o que é essencial, como o piso dos professores , é deixado de lado. Isso é falta de visão e de foco.
7. Como tornar a escola mais atrativa aos alunos?
Quando eu era criança e adolescente treinava judô pelo menos 3 vezes na semana com o Mestre Isaburo Suto, e estava sempre treinando para campeonatos. Não havia tempo para pensar em drogas , bebidas ou outros vícios, pois o esporte me ocupava. Depois comecei a tocar na Banda Municipal, com o Maestro Cícero, e a Música também me absorveu integralmente até eu ficar adulto.
Portanto, acredito muito no poder da Cultura e do Esporte, ou seja, inserir atividades culturais extra curriculares envolvendo Música, Dança, Teatro, saraus literários, prática de esportes como Xadrez, Judô, Futebol, Basquete, Volei, Tênis. As crianças precisam desintoxicar de telas e de vícios, portanto, na Escola precisa haver atividades que lhes permitam desenvolver altas habilidades motoras, cognitivas, afetivas e relacionais sem a mediação das telas e redes sociais, que hoje estão destruindo muitos futuros que poderiam ser promissores.
8. Falando em gestão pública
O que o senhor pensa do uso da tecnologia hoje na administração da cidade?
A tecnologia é um caminho irreversível, hoje se fala muito em cidades inteligentes, com monitoramento de todos indicadores em tempo real, via big-data e internet de alta velocidade. É preciso investir sempre em tecnologias mas também em segurança da informação. A Saúde municipal principalmente precisa entrar na era tecnológica.
9. O que caracteriza uma gestão eficaz?
Agilidade na solução de problemas. O que vemos muitas vezes é aquela prática de “criar a dificuldade para vender facilidades”, e isso tem que acabar. O que faz um bom político ou bom administrador? Aquele que sabe dizer SIM!
Tivemos na nossa cidade pelos menos nos últimos 8 anos gabinetes especializados em dizer NÃO para todos. Isso precisa mudar, porque meios de ação existem e precisam ser usados em prol da população.
10. Assistência social
Uma questão que preocupa é a Assistência Social, pois as pessoas precisam de assistência, mas precisam mais que tenham seus direitos garantidos. É possível isso?
Na assistência social existem problemas gravíssimos, muitos dos quais tive a oportunidade de presenciar de perto no Ministério da Família , Mulher e Direitos Humanos, quando era Ministra a hoje Senadora Damares Alves, do meu partido, Republicanos. Ela me mostrou situações terríveis do Brasil, como tráfico de pessoas, redes de prostituição infantil, tráfico internacional de órgãos e de drogas, enfim.
É preciso alguém com sensibilidade para saber tratar essas questões de acordo com seu grau de urgência e garantir em primeiro lugar o direito à vida, à segurança e á integridade física, sem o que não se pode falar em dignidade da pessoa humana.
11. O que pensa sobre assistencialismo X garantia de direitos?
Em Paraguaçu tivemos e temos muitos políticos que se elegem com assistencialismo, o que a justiça eleitoral denomina “compra de votos”. Essa prática precisa acabar, até porque depois das eleições esses paladinos e paladinas costumam “sumir” por 4 anos.
Muitas mães de família em dificuldades me procuram dizendo que a assistência social não lhes garante nem uma cesta básica quando precisam e por quê? Porque pedem um monte de informações em troca, e para quê submeter uma pessoa em dificuldade a tamanha humilhação? Seriam fins eleitoreiros? As leis assistenciais e os programas sociais existem justamente para atender quem passa por dificuldades!
12. Sobre Saúde
A prefeitura celebra prêmios conquistados, mas a população segue acusando a falta de remédios, exames e médicos especialistas. Como equilibrar isso?
Gestão é saber eleger prioridades. Da minha parte consegui uma emenda federal de R$850 mil reais para nosso hospital que propiciará a troca de toda a instalação elétrica do Hospital, propiciando assim uma grande economia de custos que poderá ser destinada à contratação de mais médicos, enfermeiros e compra de melhores equipamentos . Além disso consegui outra emenda, esta estadual, de mais R$400 mil reais para compra de medicamentos. Ambas emendas de autoria do Deputado Federal Luis Philipe de Orléans e Bragança(PL-SP), de quem sou amigo pessoal.
13. Saúde Pública
A Saúde Pública é um dos pontos principais de uma gestão municipal. É possível oferecer um serviço de qualidade? Como?
É preciso acompanhar a gestão da Santa Casa , que é uma entidade privada mas de interesse público, a fim de que esses recursos que chegam sejam empregados de forma eficiente com vistas à melhoria do atendimento à população.
14. Que serviços acha fundamentais para uma serviço de saúde eficaz?
Penso que o atendimento deva ser digital. Quanto tempo não se perde fazendo prontuários impressos, assinados, quanta burocracia! Já presenciei uma pessoa morrendo na entrada do PS por conta de burocracia. Isso precisa mudar! Além disso precisamos de uma UTI neonatal, pediatria e cardiologia 24h. Não podemos esperar crianças morreram dentro de ambulâncias para tomarmos uma atitude.
15. Cultura e Turismo
Mudando de tema. Cultura e Turismo são fundamentais para a cidade?
Turismo e Cultura andam juntos e são hoje a maior indústria do mundo, que movimenta mais dinheiro em todo o planeta. Obviamente Paraguaçu não pode ficar de fora desse movimento, e se tivermos atrativos turísticos e culturais que realmente funcionem no município isso se reverterá em mais emprego e muito mais renda para nossos cidadãos.
Sou empresário neste ramo, e quando fazemos algum evento turístico na cidade costumo simplesmente dobrar a contratação de mão de obra.
16. O que aconteceu com a Cultura da cidade?
Foi jogada para uma pessoa que não tem formação na área e colocada em segundo plano por falta de um plano de ação cultural. Cansei de ter pedidos negados por esta gestão para apoio à realização de eventos culturais. Tudo dizem não, pois confundem Cultura com Festa.
Cultura tem um aspecto FORMATIVO, o que é demorado, se fazendo ao longo de anos e anos; enquanto Festa tem caráter de ENTRETENIMENTO, e é algo passageiro, necessário, porém não forma cidadãos livres e conscientes, apenas os diverte por curto período de tempo. Ambos são importantes e necessários ,mas não devem se misturar e um não deve excluir o outro.
Cultura nesta gestão está em último lugar. Isso precisa mudar, pois a Cultura é a base de uma Nação, de um Estado e de uma Cidade.
17. O que se pode propor para uma cidade culturalmente evoluída?
É preciso desenvolver EQUIPAMENTOS CULTURAIS de qualidade e excelência, como Orquestras, Corais, Museus, Bibliotecas, Escolas de Dança, Teatros, enfim – as pessoas precisam ter estes “Oásis” para que não tenham suas vidas resumidas ao ciclo de Trabalho e Festa, é preciso algo mais que só a Cultura pode proporcionar.
18. Estância Turística
A cidade é Estância Turística há décadas, mas não consegue se firmar com esse título. O que falta?
Falta uma administração que queira fazer o Turismo acontecer. Foi por isso que concorri à Prefeito em 2020, eu não aguentava mais observar tamanha falta de vontade de fazer as coisas acontecerem e que continuam sem acontecer.
19. Emendas parlamentares
A conquista de recursos extras de emendas pode ajudar muito a cidade. Como isso é possível?
Consegui com o Deputado Federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança uma verba de 300 mil para reforma do telhado de nosso Teatro Municipal. Sem isso o Teatro permaneceria fechado por mais sabe-se lá quantos anos e já vai ser reformado este ano, segundo informações do próprio atual Diretor de Turismo e Cultura da cidade.
20. Relação com parlamentares
Mesmo sem cargo eletivo, o senhor tem conquistado recursos de emendas para a cidade. Comente a importância disso e a relação sua com os parlamentares estaduais e federais?
Tenho uma boa relação com Parlamentares Estaduais e Federais desde a época em que os recebia na Fundação Nacional de Arte, onde eu fazia a análise técnica de todas emendas que eles destinavam em âmbito nacional para a Cultura. Além disso, eu coordenava os pareceres de 75% dos projetos da Lei Rouanet em âmbito nacional, sendo os 25% restante de responsabilidade do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional).
Muitos parlamentares de diversos espectros políticos conhecem e confiam no meu trabalho, que conheceram quanto fiz parte do Governo Federal, por isso quando eu peço emendas e verbas para Paraguaçu, eles enviam.
21. Executivo e Legislativo
Quais suas considerações sobre os papéis do Executivo e do Legislativo, nesse contexto de cidade que hoje temos?
Hoje temos um Legislativo que está nas mãos do Executivo, ou seja, não age com independência. O executivo encontrou uma forma de “controlar” as ações dos vereadores. Isso também precisa mudar. Se um dia eu fizer parte do Legislativo Municipal agirei com independência absoluta e se precisar fiscalizar ou investigar algo o farei sem qualquer receio, porque essa é uma das principais funções do Legislador.
22. Pré-candidato Dante Mantovani: Considerações finais
Quais suas considerações finais sobre esses importantes temas que hoje debatemos?
Quero parabenizar a Trassos Assessoria por abrir este importante espaço de debate público na cidade. Uma democracia só é plena se houver liberdade de imprensa e de opinião, por isso é importantíssimo fazer as ideias sobre o futuro da cidade circularem.
23. Qual sua mensagem à população da cidade?
Não percam a chance de melhorar ainda mais a cidade que amamos – a hora é agora!