Senado Federal decidirá futuro do Procurador-Geral Paulo Gonet em sabatina
Em um ambiente de grande tensão política, o Senado Federal vai decidir o futuro do Procurador-Geral Paulo Gonet. A sabatina, agendada para hoje, vai avaliar se ele será reconduzido ao cargo. No entanto, o histórico de Gonet é marcado por uma postura questionável, especialmente quando em conjunto com Alexandre de Moraes, que patrocinou uma verdadeira perseguição à direita no país. Esse foi o ponto de partida do programa Última Análise desta quarta-feira.
Segundo o advogado André Marsiglia, Gonet se transformou em uma extensão do poder de Moraes, ao ponto de parecer um estagiário e Moraes, seu chefe. A falta de independência de Gonet em sua atuação é algo que não passou despercebido. Júlia Lucy, uma cientista política, afirma que o procurador não demonstrou qualquer independência em relação a Moraes. “Ele sempre foi na mesma cantinela do ministro, como uma peça acessória”, disse ela. O sistema acusatório prevê a divisão das tarefas entre acusação e julgamento, mas, ao invés disso, o que vimos foi uma combinação entre os dois.
Durante a sabatina, os senadores Flávio Bolsonaro, Jorge Seif e Espiridião Amin criticaram a recondução de Gonet ao cargo. Flávio questionou se Gonet “não tem nenhuma vergonha” por supostamente agir em conluio com o STF em “uma farsa de perseguição a pessoas inocentes”. A oposição movimentou-se, mas as estimativas sugerem que Gonet será aprovado. Após a sabatina, a indicação vai ao plenário do Senado à tarde, em sessão já agendada pelo presidente da casa, Davi Alcolumbre.
Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, prometeu endurecer a legislação contra o crime organizado, através do Projeto de Lei “Antifacção”. Motta espera construir acordo para votação do projeto nesta quarta-feira. O vereador Guilherme Kilter elogiou a escolha de Derrite como relator, sobretudo pela experiência dele. “É um ex-policial, que combate o crime com veemência e com força”, disse ele.



