Educação

Políticas de Resultados e Avaliações em Educação de SP: Entre Críticas e Defesa da Gestão

Renato Feder, secretário de Educação do estado de São Paulo, tem sido alvo de críticas vindas de sindicalistas e partidos de esquerda, que o acusam de implementar medidas que desvalorizam os professores. A polêmica surge em torno do foco da gestão Feder em resultados e da utilização de plataformas digitais e monitoramento dos docentes.

Prévio à sua atuação na pasta paulista, Feder já havia enfrentado opositores no Paraná, onde atuou como secretário de Educação durante a primeira gestão de Ratinho Junior (PSD). Na época, sua defesa da terceirização da administração escolar e a implementação do maior programa de escolas cívico-militares do país geraram atritos.

Em São Paulo, partidos de esquerda, principalmente o Psol, recorrem à Justiça para tentar impedir a implementação das políticas educacionais propostas por Feder. Em entrevista à Gazeta do Povo, o secretário paulista afirmou que a judicialização faz parte do processo democrático e ressaltou que as decisões favoráveis têm permitido avanços na qualidade do ensino, incluindo o pagamento de bônus salariais a professores que atingem metas estipuladas.

Feder defende que a gestão oferece grande apoio aos professores, mas cobra resultados. Diretores que não melhoram os indicadores de aprendizagem podem ser substituídos, assim como professores temporários com desempenho insatisfatório podem ter seus contratos encerrados.

Um dos pontos centrais da política de Feder é a avaliação da qualidade da infraestrutura escolar. Para isso, será implementado um sistema inédito que avaliará 25 itens em cada uma das 5 mil escolas estaduais, desde o estado dos banheiros e cozinhas até o pátio e a sala dos professores. A pontuação de 0 a 100 será publicada online para o acompanhamento da comunidade.

A gestão também se concentra na valorização dos professores, com um programa de bonificação por desempenho. O Saresp, Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo, é utilizado para medir o desempenho de todos os alunos. Com base nesse sistema, são estabelecidas metas individualizadas para os professores. Se o professor atinge a meta, recebe um bônus.

Feder reconhece a importância dos professores temporários, principalmente em áreas como educação profissional, mas destaca que a falta de progressão na carreira é um problema. Ele afirma que a gestão busca resolver esse ponto e garantir que os professores temporários, mesmo aqueles com bom desempenho, não sejam esquecidos.

As parcerias público-privadas (PPPs) na educação paulista também têm avançado. 33 escolas, atendendo 35 mil estudantes, estão sendo construídas com esse modelo. A gestão pedagógica fica a cargo da Secretaria da Educação, enquanto a manutenção, limpeza e alimentação são responsabilidade do setor privado.

Feder conclui, destacando a satisfação da gestão com os resultados e o compromisso em garantir um ambiente limpo, seguro e acolhedor para todos os alunos.

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