Costa pede aceleração de entregas para contrastar com Bolsonaro em 2026

Durante a segunda reunião ministerial do ano, realizada em meio a uma atmosfera tensa após as derrotas do governo na CPMI do INSS e sob pressão dos Estados Unidos para suspender o julgamento de Bolsonaro no STF, o ministro Rui Costa, a frente da Casa Civil, fez um apelo aos demais colegas do governo.
Costa insistiu que era preciso intensificar as entregas do governo nos próximos meses, destacando a importância de mostrar ao povo brasileiro os resultados alcançados por Lula em contraste com a gestão de Bolsonaro. Para isso, propôs que os ministros percorressem os estados, comparecendo a eventos, concedendo entrevistas e utilizando todas as plataformas disponíveis para destacar as conquistas do atual governo.
O ministro defendeu que a comunicação sobre essas ações precisava ser mais robusta, com foco nos temas que mais impactam a vida das pessoas, como o combate à fome, a expansão do acesso à saúde e à educação, e o apoio à economia familiar. A intenção é ressaltar o compromisso do governo com o bem-estar social e o desenvolvimento do país.
Esse reforço das entregas se dá em um momento em que Lula sinaliza cada vez mais abertamente sua intenção de buscar a reeleição em 2026. Apesar da base aliada estar em processo de consolidação, a situação se torna mais complexa com partidos demonstrando interesse em lançar seus próprios candidatos ou apoiar opositores.
A apresentação feita durante a reunião ministerial, intitulada “Desafios para a reta final”, detalhava as ações implementadas pelo governo, incluindo programas sociais como “Brasil sem Fome”, “Luz do Povo” e “Gás do Povo”, além de indicadores econômicos positivos. A apresentação também trazia críticas às ações do governo anterior, buscando construir uma narrativa clara de contraste entre as duas gestões.
Costa finalizou sua fala expressando confiança na capacidade do governo de continuar avançando e mostrando aos brasileiros os resultados positivos alcançados.
Lula, por sua vez, criticou veementemente a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, acusando-o de traição à pátria por tentar impor sanções ao Brasil e pressionar pela suspensão do julgamento do ex-presidente. O petista solicitou ao Congresso que puni-lo por suas ações e mobilizou seus aliados para iniciar uma batalha política contra o parlamentar.
Essa reunião ministerial, marcada por tensões e desafios, evidencia a necessidade de um esforço concertado do governo para consolidar suas conquistas e se preparar para as eleições de 2026. As próximas semanas serão cruciais para determinar o rumo da política brasileira nos próximos anos.