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Cultura e Pessoas

Semana traz 75 anos de Asa Branca e Dia da Música Clássica

Esta semana relembra grandes figuras da música nacional. Na lista estão nomes como Heitor Villa-Lobos, cuja data de nascimento acabou sendo escolhida para marcar o Dia Nacional da Música Clássica, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, os compositores do clássico do cancioneiro nacional, a música Asa Branca, e a compositora Chiquinha Gonzaga, apontada como a mãe do música popular do Brasil.

A mãe da música popular brasileira

Criadora da primeira marchinha do carnaval brasileiro, Francisca Edwiges Neves Gonzaga, mais conhecida por Chiquinha Gonzaga, marcou o imaginário do povo brasileiro para sempre. Composta em 1899, Ó Abre Alas ainda embala as festas carnavalescas atualmente. Além disso, ela foi a primeira mulher a reger uma orquestra e a fazer um chorinho no Brasil. Em 28 de fevereiro deste ano, são 87 anos de sua morte.

Vinda de uma educação erudita, Chiquinha é considerada por muitos como a mãe da música popular brasileira. Com apenas 11 anos de idade, ela compôs a sua primeira canção e, mais tarde, passou a  influenciar, ao longo de sua carreira, diversos artistas – por conta da sua capacidade de transitar por inúmeros gêneros musicais. Com a composição de Ó Abre Alas, ela entrou de vez no universo do carnaval.

Natural do Rio de Janeiro, Chiquinha nasceu em 1947 e também foi autora de diversas composições para teatro. Nesse contexto, ela fez parte do grupo dos fundadores da Sociedade Brasileira dos Autores Teatrais (SBAT).

Hino do nordestino

No dia 3 de março de 1947, foi lançada, por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, a icônica canção Asa Branca, considerada por muitos o hino do nordestino. Gravada em dez idiomas, além do português, a composição é tida como uma das cinco músicas mais importantes da cultura brasileira e uma das canções mais tocadas em festas juninas por todo o país.

Tratando da seca no sertão nordestino, Luiz Gonzaga, através de Asa Branca, levou a cultura do Nordeste para todo o Brasil. A canção possui uma melodia simples e retrata a saga do sertanejo, que se vê forçado a deixar sua terra diante da falta de água. Intensa, a música traz riqueza tanto em sua letra como em sua composição.

O maestro do Brasil

No dia 5 de março, é celebrado o Dia Nacional da Música Clássica. A data é uma justa homenagem ao dia de nascimento de maestro brasileiro Heitor Villa-Lobos. Instituída em 2005, a data foi criada para celebrar e promover a importância e a grandeza da música clássica nacional, após a constatação que não havia um dia dedicado ao gênero no país. E a deferência a Villa-Lobos, fundador da Academia Brasileira de Música (ABM) e compositor de quase duas mil obras, dentre Bachianas Brasileiras, choros, concertos e obras para violão.

Heitor Villa-Lobos
Villa-Lobos, em 19 de novembro de 1940 (imagem com dedicatória escrita à esposa, Arminda) – Foto cedida pelo Museu Villa-Lobos/Arquivo

Villa-Lobos é natural do Rio de Janeiro e é tido como o compositor mais criativo da música clássica brasileira do século 20. Ele ficou conhecido por imprimir em suas músicas um grau sentimental único. Dessa forma, além da técnica primorosa, o maestro foi o responsável por desenvolver uma linguagem mais brasileira na música, destacando-se por um equilíbrio em suas composições. Nesse contexto, o compositor também utilizou nas suas obras elementos folclóricos próprios do imaginário nacional, uma atitude inovadora para a época. O maestro faleceu em 17 de novembro de 1959, vitimado por um câncer.

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Samuel Nascimento

Natural de Paraguaçu Paulista, terra de Erasmo Dias, Liana Duval e Nho Pai. Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e cursando Engenharia da Computação; Empreendedor na área de Marketing Digital; Ciclista; Músico Violinista; Organizador do Festival de Música de Paraguaçu Paulista e Spalla da Orquestra Jovem de Paraguaçu Paulista.

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