Política e Economia

Artistas em Protestos: Ditadura Militar e Críticas Atuais

Durante uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, um momento de descontração surgiu entre os senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Randolfe Rodrigues (PT-AP). Randolfe, ao citar os artistas baianos Caetano Veloso e Gilberto Gil, relembrou a participação de artistas em protestos durante os anos 1960. Alencar, em tom de brincadeira, pontuou que esses artistas agiam sem o incentivo da Lei Rouanet, que só surgiu posteriormente.

“Meus conterrâneos baianos… E não tinha Lei Rouanet! Tinha era o Exército batendo na gente nas ruas de Salvador… apanhei muito”, recordou o senador, descrevendo a época de protestos e repressão. Seguindo a lembrança, Alencar afirmou que os artistas contribuíram para a “volta da democracia”.

A fala de Alencar se deu em um contexto em que Randolfe estava utilizando a história para comparar o momento atual, marcado pela discussão da PEC da Imunidade no Senado, com os governos militares brasileiros das décadas de 1960 a 1980. Randolfe buscava fazer paralelos entre as críticas à oposição por parte dos governos militares na época e as críticas que artistas recebem atualmente.

“Em 1968, recorro novamente à história, três artistas brasileiros, sendo dois baianos, lideraram um movimento, a mais importante passeata contra a ditadura”, mencionou Randolfe, fazendo referência a Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil. O parlamentar relembrou que esses artistas foram considerados “vagabundos” por sua postura crítica aos militares.

A reunião do dia 24 de setembro foi marcada pela votação da PEC da Imunidade (PEC 3/2021), que visava proteger parlamentares de processos criminais. A proposta acabou sendo rejeitada na CCJ do Senado Federal.

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