Após seis meses consecutivos de crescimento, o setor de serviços no Brasil atingiu novo patamar em julho. Com um aumento de 0,3% em relação a junho, o segmento, que engloba atividades como transporte, turismo, restaurantes, beleza e tecnologia da informação, consolidou a maior sequência de alta desde fevereiro de 2022.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela Pesquisa Mensal de Serviços, destacou que o setor avançou 2,8% em relação a julho de 2023 e acumulou crescimento de 2,9% nos últimos 12 meses. Entre as atividades que mais se destacaram, a de informação e comunicação liderou o crescimento, com um aumento de 1% na passagem de junho para julho.
Segundo Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, a performance positiva se deve em parte ao crescimento das telecomunicações, com alta de 0,7%, e da tecnologia da informação, que registrou um crescimento de 1,2%. O levantamento do IBGE apontou expansão dos serviços em 12 das 27 unidades federativas, sendo Rondônia a que mais se destacou, com um crescimento de 10,9%.
Vale ressaltar que o setor de serviços é o principal empregador do país. Em contraste com a performance do setor de serviços, dados recentes do IBGE revelaram queda na produção industrial brasileira em julho, com recuo de 0,2% em relação a junho. Já o comércio apresentou queda de 0,3% no mesmo período. Apesar da recente retração, o desempenho acumulado em 12 meses da indústria aponta para crescimento de 1,9%, enquanto o comércio registrou expansão de 2,5%.
Lobo atribui a tendência de crescimento do setor de serviços à digitalização crescente da economia, um fenômeno acentuado a partir da pandemia de COVID-19 em 2020.
