om foco em empresas e seus funcionários, o projeto “Todos por Elas” reúne vídeos e conteúdos interativos para capacitar, fomentar o debate e combater a violência contra a mulher no país. A plataforma foi lançada nesta quarta-feira (7) em evento com a presença da ministra Damares Alves, titular do Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH).
A iniciativa tem o apoio do MMFDH e foi desenvolvida pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Goiás (Acieg). O Centro Universitário Alvares Faria (Unialfa) e a empresa Quântico, que atua na área de gestão da informação, também são parceiros na ação. Além do combate à violência contra a mulher, a plataforma tem o objetivo de fomentar a quebra de comportamentos discriminatórios que excluem mulheres no ambiente de trabalho.
“Lançamentos como esse nos dão esperança. Temos a terceira melhor lei do mundo para proteção da mulher, que é a Lei Maria da Penha. No entanto, somos o 5° país que mais mata mulheres. Essa equação não fecha. A união do poder público com as iniciativas privadas é fundamental porque fortalece o enfrentamento urgente que precisamos fazer para vencer a luta contra a violência relacionada à mulher”, argumenta Damares Alves.
As empresas que escolherem participar do programa ganharão certificados com selo de aliada no combate ao feminicídio. O certificado é emitido pela Acieg após todos os funcionários da empresa terem concluído o curso disponibilizado em uma plataforma.
De acordo com o presidente da Acieg, Rubens Fileti, 80 mil colaboradores entre seus associados já aderiram ao projeto. “Todos estão convidados a entrar na plataforma e a realizar esse treinamento, tanto homens, quanto mulheres. Esse tipo de violência nos leva a problemas muito maiores. Por meio desse projeto, poderemos resolver parte do que está acontecendo por aí, para que haja menos notícias sobre temas como o feminicídio”, destaca o empresário.
Também presente no evento, o governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, disse ser inexplicável o comportamento de qualquer pessoa que agredi, violenta e assassina mulheres. “Isso causa uma indignação. Até pouco tempo existia um silêncio conivente, as leis também eram aplicadas dependendo das condições de quem praticava a violência”, relata Caiado. “Hoje, esse assunto foi exposto e, independente de condição social ou financeira, essas pessoas não terão guarida. Estamos fazendo um combate ferrenho contra a criminalidade”, continua.
Na ocasião, o governador elogiou o trabalho desenvolvido pelo MMFDH. “As ações da ministra Damares têm influenciado o Brasil inteiro. É um Ministério que tem contribuído para combater desigualdades. Todas as vezes que ligamos, somos atendidos”, diz o governador.
No mesmo sentido, a ministra Damares lembrou a realização da Operação Resguardo, no último Dia Internacional da Mulher. “A operação prendeu 10.300 agressores de mulheres em um único dia. Parece algo a se comemorar, mas eu lamento que em apenas um dia de operação tenhamos tido tantos casos. Isso mostra quantas mulheres e famílias estão sofrendo violência em nosso país. O trabalho parece que não tem fim, mas nós não vamos parar”, ressalta a ministra.
Outro ponto destacado pela titular do MMFDH, foi a necessidade do olhar sobre os filhos das vítimas de feminicídio. “Tenho conversado com os órfãos do feminicídio. Vocês não têm ideia da dor de uma criança, cujo pai matou a mãe. Essa criança se pega amando esse pai e sente que está traindo a memória da mãe. É uma violação muito grande da integridade desses menores, e estamos olhando para eles, queremos cuidar dessas crianças com política pública”, afirma Alves.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MMFDH