
Uma pesquisa inédita, realizada pela Universidade de Stanford em parceria com a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, revelou que a proibição do uso de celulares nas escolas da rede municipal carioca impactou positivamente o aprendizado dos alunos. De acordo com os resultados, o desempenho em matemática aumentou em 25,7% e em português, em 13,5%, durante o ano letivo de 2024. Essa melhora equivale aproximadamente a um bimestre a mais de aprendizagem, conforme apontam os indicadores, que demonstram avanços contínuos à medida que a política pública se consolida.
A cidade do Rio de Janeiro foi pioneira na implementação da proibição do uso de celulares nas escolas, tanto durante as aulas quanto durante o recreio. O secretário Renan Ferreirinha comemorou os dados, afirmando que eles comprovam o impacto negativo da distração causada pelos celulares no desempenho dos alunos.
A pesquisa contou com a participação de mais de 900 diretores da rede municipal, representando 90% das escolas públicas de ensino fundamental do Rio. Para garantir a precisão dos resultados, os pesquisadores utilizaram métodos estatísticos e econométricos robustos, controlando outras variáveis que podem influenciar o desempenho dos estudantes, como a condição socioeconômica familiar, a participação em programas pedagógicos e o nível de escolaridade da mãe.
A iniciativa do Rio de Janeiro se tornou modelo para outras cidades e, em janeiro deste ano, o presidente Lula sancionou a Lei federal que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas de todo o país, abrangendo todas as etapas da educação, desde a educação infantil até o ensino médio, tanto nas aulas quanto nos intervalos e recreios.