A possibilidade de Israel ser banida de competições europeias de futebol está causando grande polêmica. De acordo com o jornal britânico The Times, a UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) enfrenta pressão para tomar essa decisão, já que a maioria dos seus estados-membros apoia o banimento.
A pressão internacional se intensificou após acusações de genocídio na Faixa de Gaza, que ganharam respaldo público de relatores da ONU. Em sua última declaração, os relatores afirmaram que seleções nacionais de países que cometem violações massivas podem e devem ser suspensas.
A situação israelense é comparada à da Rússia, banida das competições da UEFA e da FIFA em 2022 após a invasão da Ucrânia. Israel, por sua vez, vê essa campanha como uma tentativa de politização perigosa do esporte, alimentada por hostilidade internacional e pressão da Associação Palestina de Futebol.
A Associação Palestina de Futebol tem exigido reiteradamente a suspensão de Israel, especialmente após o falecimento de Suleiman al-Obeid, um jogador palestino conhecido como “Pelé palestino”, em um ataque aéreo a Gaza em agosto deste ano.
O governo israelense está trabalhando para evitar o banimento. O Ministério da Cultura e do Esporte, liderado por Miki Zohar, coordena esforços junto ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e ao presidente da Associação Israelense de Futebol, Shino Zoertz. O porta-voz da pasta afirmou que o momento exige ação responsável por parte dos órgãos profissionais, evitando declarações públicas, e que mais informações serão divulgadas ao longo do processo.
Segundo o jornal israelense Jerusalem Post, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, sofre intensa pressão para votar sobre o assunto antes do previsto.
Uma sessão de emergência, possivelmente com votação online, é considerada para discutir o caso envolvendo Israel. O governo americano, liderado por Donald Trump, se junta às autoridades israelenses para evitar o banimento. O Departamento de Estado afirmou que trabalhará para impedir qualquer tentativa de impedir a participação da seleção israelense na Copa do Mundo.
Em caso de suspensão, Israel poderia recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, Suíça. Uma decisão da UEFA impactaria não apenas a seleção nacional, mas também clubes israelenses, que seriam excluídos de competições como a Liga dos Campeões, a Liga Europa e as eliminatórias internacionais.
A membreshia da UEFA por Israel se deu após a sua expulsão da federação asiática nos anos 70, em um contexto de boicote similar.
