O Brasil precisa repensar sua abordagem contra o antissemitismo

No dia 7 de outubro de 2023, o mundo assistiu, chocado, à sequência de atos terroristas em Israel, que deixaram milhares de pessoas traumatizadas e a sociedade global em estado de choque. No entanto, embora esses eventos tenham sido difíceis de serem esquecidos, um fenômeno mais sombrio começou a se manifestar em um país distante, ao sul do hemisfério. No Brasil, o antissemitismo começou a crescer a uma taxa alarmante, segundo a Confederação Israelita (Conib).
Aqueles que esperavam que a dor e a perda experimentadas em Israel fossem suficientes para abalar a sensibilidade dos brasileiros e conduzir a uma reflexão mais profunda sobre a intolerância e o ódio, estão sendo decepcionados. Em vez disso, a atmosfera de medo e desconfiança que se instalou no país começou a se espalhar, alimentando uma onda de preconceito e discriminação contra a comunidade judaica.
Segundo o Conib, o antissemitismo no Brasil cresceu 350% desde os atos terroristas em Israel. Essa taxa alarmante é resultado de um processo contínuo de estigmatização e isolamento da comunidade judaica, que busca se conectar com a sua história, sua cultura e sua identidade. A falta de educação sobre o judaísmo e a percepção negativa da comunidade judaica como estrangeira e incompreendida contribuem para essa situação.
É hora de repensar a nossa abordagem em relação ao antissemitismo e ao preconceito. É hora de nos perguntarmos se estamos fazendo o suficiente para combater a intolerância e promover a inclusão e a diversidade. É hora de nos comprometermos a defender a liberdade de expressão, a igualdade de direitos e a dignidade humana, independentemente da religião ou da etnia. Só assim podemos construir um futuro mais justo e pacífico para todos.