Câmara Municipal aprova reajuste salarial polêmico e gera debate na cidade
Aprovação do Aumento de 72% nos Salários do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores em Paraguaçu
A Câmara de Vereadores de Paraguaçu realizou uma reunião extraordinária na última sexta-feira, dia 14 de junho, e aprovou, de forma surpreendente, um aumento de 72% nos salários do prefeito, vice-prefeito e dos futuros vereadores. A proposta foi apresentada pela Mesa Diretora e faz parte de um conjunto de projetos municipais. No entanto, os reajustes só entrarão em vigor a partir de janeiro de 2025.
A votação para o reajuste salarial contou com a aprovação de 11 vereadores, enquanto apenas o vereador Ricardo Rio votou contra o aumento. Ricardo Rio justificou sua posição, afirmando que busca manter coerência em sua atuação e que este não seria o momento adequado para votar tal projeto, visto que os efeitos só seriam sentidos daqui a alguns anos.
Durante a reunião convocada pelo Presidente da Câmara, vereador Paulo Japonês, não houve oradores, pois nenhum dos vereadores manifestou interesse em tomar a palavra. O clima na sessão foi marcado por controvérsia e perplexidade diante da decisão.
Com o aumento aprovado, os subsídios dos vereadores passam dos atuais R$ 4.233,40 para R$ 7.264,25, e o salário do Presidente da Câmara, que era de R$ 4.916,20, chegará a R$ 8.455,86. Já o salário do prefeito saltará de R$ 12.500,00 para R$ 21.500,00, enquanto o do vice-prefeito subirá de R$ 2.510,20 para R$ 4.317,54.
A decisão causou indignação em muitos servidores, que apontam a falta de agilidade e rapidez da Câmara Municipal em outras questões relevantes, como o pagamento do piso nacional aos professores e aos profissionais de enfermagem. Além disso, os trabalhadores argumentam que esses salários estavam sem reajuste desde 2001 e questionam a prioridade dada aos cargos políticos em detrimento dos servidores que não tiveram aumentos significativos ao longo dos anos.
Em relação à justificativa apresentada por alguns vereadores de que o aumento do salário do prefeito era necessário para elevar o teto salarial e atrair médicos para a cidade, muitos questionam a validade desse argumento, uma vez que a medida só terá efeito a partir de 2025. “Até lá, ficaremos sem médicos?”, perguntou um internauta que acompanhou a sessão.
Diante das prioridades existentes em diversas áreas da cidade, a rápida aprovação do aumento salarial do prefeito e dos vereadores tem gerado debates acalorados na opinião pública, especialmente neste período de efervescência política municipal. A população expressa sua insatisfação diante das escolhas feitas pelos representantes políticos e espera que os problemas reais da cidade sejam devidamente considerados.
