OpiniãoPolítica e Economia

O Caso do Comissariado Imposto à Instituição Arautos do Evangelho

O caso do Comissariado imposto à instituição Arautos do Evangelho é um exemplo notável de como a justiça pode se tornar uma farsa quando as autoridades eclesiásticas são influenciadas por interesses pessoais e políticos. O livro-dossiê “O Comissariado dos Arautos do Evangelho: Crônica dos fatos (2017-2025)” é um testemunho chocante de como a instituição foi tratada de forma injusta e desumana, com denúncias baseadas em teorias conspiratórias e testemunhos de desafetos conhecidos.

O Direito Canônico estabelece que a autoridade eclesiástica investigadora deve zelar pela imagem dos investigados, evitando injustiças e linchamentos públicos. No entanto, o que se viu foi a permanente suspeita dirigida a qualquer um que não confirmasse as denúncias já enumeradas em processos e para os jornais. A cumplicidade de certos prelados envolvidos, como Dom Braz de Aviz e Dom Jaime Spengler, é um dos elementos mais chocantes do caso.

Dom Jaime, em particular, esteve ativamente envolvido em um grupo de Facebook chamado “ex-Arautos Hard”, que se ocupava de destilar mensagens de ódio à instituição. Além disso, ele ouviu pessoas de moralidade duvidosa, ódios ressentidos contra a instituição e ligações com movimentos tradicionalistas cismáticos, opositores do Concilio Vaticano II. A questão é: por que Dom Jaime e outros prelados estavam tão determinados a acabar com os Arautos?

O livro-dossiê explica que os desafetos da instituição, como Alberto Zucchi e Vitor Gama, desempenharam um papel importante na pressão por punição contra os Arautos. Eles criaram um clima vicioso de denúncias envolvendo grupos de Facebook e relatórios de desafetos e adversários históricos da instituição. Dom Sérgio de Deus, um dos visitadores, já havia relatado a parcialidade das denúncias e a sua ilegitimidade, mas Dom Braz de Aviz não gostou da resposta e decidiu instaurar o Comissariado de qualquer forma.

A instauração do Comissariado sem provas de delito ou desvio é um dos mais graves abusos relatados no livro-dossiê. Além disso, os próprios prelados encaminharam denúncias à mídia, que tratou de construir o clima propício na opinião pública. Os Arautos ficaram sabendo do Comissariado pelos jornais, só então receberam a comunicação do Vaticano. Dom Jaime explicou que o Comissariado é instituído quando já existe prova de delito e até de crimes, mas isso não é verdade. A verdade é que o Comissariado foi instaurado sem provas para asfixiar a instituição lentamente.

O caso do Comissariado dos Arautos do Evangelho é um exemplo trágico de como a justiça pode ser manipulada por interesses pessoais e políticos. É um chamado à atenção para a necessidade de reformas na Igreja Católica para evitar que casos como esse aconteçam novamente.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo