A ditadura chinesa continua a demonstrar sua crescente intolerância à liberdade religiosa, prendendo uma freira e mais de uma dezena de fiéis que planejavam uma peregrinação para a Europa. A notícia foi divulgada pelo site China Aid, uma plataforma que destaca a perseguição crescente levada a cabo pela ditadura de Xi Jinping.
Segundo China Aid, a católica Xiang Qiaoyun, com 40 anos, está detida há mais de três meses por ter liderado a viagem. Além dela, todo o grupo foi detido, incluindo outros 20 fiéis que planejavam visitar locais sagrados católicos na França e na Itália em junho. A freira integra a comunidade Missionárias do Sagrado Coração, localizada ao sul de Xangai, e foi acusada de liderar uma peregrinação “ilegal”.
A razão pela qual o regime chinês classificou a viagem como “ilegal” foi que a freira e os demais do grupo não a declararam como atividade religiosa, apesar de terem cumprido as exigências legais para obtenção de vistos. Qiaoyun negou a acusação e insistiu que estava apenas cumprindo seu dever religioso ao ajudar fiéis a realizar uma peregrinação tradicional.
De acordo com o jornal católico francês La Croix, a freira permanece em detenção solitária e pode até enfrentar prisão perpétua. A China Aid informou que a freira permanece em detenção solitária e enfrenta sérias consequências pela sua ação. A Constituição da China defende a liberdade religiosa como uma garantia do cidadão, mas na prática, esse direito é cada vez mais suprimido pela ditadura de Xi Jinping, por meio da imposição de ideologia comunista e vigilância constante em locais de culto.
A prisão da freira e dos fiéis é apenas mais um exemplo da crescente repressão à liberdade religiosa na China. Embora a notícia tenha sido divulgada em junho, o caso ainda não foi resolvido e a situação da freira e dos fiéis continua incerta. O regime chinês continua a mostrar sua intolerância à liberdade religiosa e a perseguição à comunidade católica na China continua a ser um problema grave.
