
O ciclone extratropical que atingiu o sul do Brasil deixou um rastro de destruição, principalmente no Rio Grande do Sul, onde mais de 340 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. A força do vento, que atingiu cidades como Porto Alegre, Capão da Canoa, Viamão e Osório, deixou a população em alerta. A concessionária de energia CEEE Equatorial trabalha arduamente para restabelecer o fornecimento, mas a previsão de ventos fortes dificulta o trabalho das equipes.
A massa de ar frio que acompanha o ciclone já se afastou para águas mais profundas, mas continua a avançar pela região sul, impactando estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O Instituto Nacional de Meteorologia mantém alerta “laranja” de perigo para quase 100 cidades litorâneas, desde o Paraná até o Espírito Santo, devido aos ventos fortes.
As temperaturas no Rio Grande do Sul devem cair consideravelmente, com mínimas de -2°C e geadas previstas para quarta-feira, principalmente na metade norte do estado. A Defesa Civil estadual monitora a situação e pede atenção à população.
O impacto do ciclone foi sentido também em pontos turísticos importantes. No litoral norte, a plataforma marítima da praia de Atlântida, que já apresentava problemas, teve parte da sua estrutura derrubada pelas ondas fortes.
A lembrança da mudança climática ainda é recente para os gaúchos. No mesmo dia em que o ciclone causou estragos, o governo do estado anunciou o repasse de R$ 600 mil para auxílio financeiro às Organizações da Sociedade Civil afetadas pelas enchentes do ano passado.