
A Corregedoria da Câmara deu início, na segunda-feira (11), à análise dos pedidos de afastamento dos deputados envolvidos no motim ocorrido na semana anterior. O protesto, que durou mais de 30 horas, resultou na paralisação dos trabalhos legislativos e na ocupação da mesa diretora da Câmara. A principal motivação do grupo de deputados foi a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em troca do retorno à normalidade, os deputados exigiam a votação de uma proposta que concederia anistia geral e irrestrita aos condenados por participação nos atos golpistas, julgados no Supremo Tribunal Federal, e o fim do foro privilegiado. O corregedor, deputado Diego Coronel, recebeu 14 pedidos de suspensão, provenientes de deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de parlamentares do PP e do Novo.
O corregedor tem um prazo de 48 horas para apresentar seu parecer sobre os pedidos de afastamento dos deputados. Essa decisão determinará se os parlamentares serão suspensos imediatamente antes de serem encaminhados ao Conselho de Ética. O prazo para a conclusão do parecer termina na quarta-feira (13).
No dia seguinte, a reunião do colégio de líderes com o presidente da Câmara, Hugo Mota, será um momento crucial para o futuro dos projetos governamentais. Os parlamentares da base aliada pretendem aproveitar a oportunidade para discutir a votação em plenário de propostas de interesse do governo, incluindo a proposta que isenta do pagamento de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais.
O relatório do deputado Arthur Lira, aprovado na comissão especial, também reduz o pagamento do IR para quem ganha até R$ 7 mil e aumenta a cobrança para quem recebe mais de R$ 600 mil.