Deputada Jara é acusada de agredir Nikolas Ferreira na Câmara

Deputados da oposição que ocuparam o plenário da Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (6) acusam a deputada Camila Jara (PT-MS) de agressão contra Nikolas Ferreira (PL-MG). A suposta agressão, registrada em vídeo, ocorreu no final da sessão, momentos antes do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), encerrar o debate. Nas imagens, a deputada petista aparece passando à frente do parlamentar mineiro e o atingindo.
Jara nega as acusações, afirmando ser vítima de uma “campanha de perseguição” e garantindo que continuará atuando na base do diálogo. Nikolas, por sua vez, compartilhou o vídeo nas redes sociais e escreveu: “Imagina se é o contrário? Esquerda sendo esquerda. Camila Jara, parabéns por mostrar ao Brasil quem realmente você é. Obrigado!”.
Parlamentares do Partido Liberal (PL) demonstraram apoio ao colega nas redes sociais. Em um vídeo divulgado no Instagram ao lado de Nikolas, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) afirmou que o companheiro de partido foi “covardemente agredido” e anunciou que o PL entrará com uma representação contra Jara. “A Câmara é um lugar de debates de ideias, não de agressões”, declarou o parlamentar sul-matogrossense. No vídeo, Nikolas também pede uma posição do presidente da Casa, Hugo Motta, e da Câmara sobre o ocorrido.
Outros deputados, como Carlos Jordy (PL-RJ) e Rodrigo Valadares (UNIÃO-SE), também se solidarizaram com Nikolas Ferreira.
Em nota oficial divulgada pelo GLOBO, Camila Jara nega a agressão, alegando que tem 1,60 metro de altura, pesa 49 quilos e está em tratamento contra um câncer. Ela afirma que apenas reagiu ao aperto da multidão como qualquer mulher reagiria ao ser pressionada por um homem nesse tipo de ambiente. A parlamentar alega sofrer uma “campanha de perseguição” nas redes sociais e afirma que não se deixará intimidar pelo “ódio dos que desrespeitam a democracia”, consolidando sua postura de continuar atuando na base do diálogo.
A oposição havia ocupado o plenário nos últimos dias em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os parlamentares chegaram a um acordo com Hugo Motta para permitir a reabertura da sessão, que foi marcada pelo pronunciamento do presidente da Casa.